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2006-04-11
A areia retirada no Rio Itajaí-Açu entre Blumenau e Ilhota abastece o mercado da construção civil de Rio do Sul até as cidades litorâneas do Vale do Itajaí, incluindo até 5% do mercado de Florianópolis. A demanda pela areia é muito maior do que a oferta de acordo com o Sindicato das Empresas Extratoras de Areia de Santa Catarina e também com Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon).

Hoje, 26 empresas mineradoras têm licença para atuar na região do baixo Vale do Rio Itajaí-Açu, conforme o Termo de Ajustamento de Conduta acertado com os ministérios públicos Federal e Estadual, ONGs, sindicato das empresas extratoras, órgão ambientais e universidades em junho de 2001.

As dragas que atuam no Rio Itajaí-Açu possuem capacidade de carregamento de areia que varia entre 40 e 85 metros cúbicos. Entretanto, conforme Lauro Frohlich, presidente do Sindicato das Empresas Extratoras de Areia de Santa Catarina, a maioria das empresas extratoras possui dragas com capacidade de 40 metros cúbicos, equivalente a 60 toneladas de areia molhada.

Segundo Frohlich, de quatro a cinco carregamentos de areia são retirados diariamente do rio. Segundo estimativa do sindicato, se 26 empresas exploram o rio, todos os dias elas retiram em média 7,8 mil toneladas de areia do Itajaí-Açú.

Segundo Valter Ros de Souza, presidente do Sinduscon, diante da escassez, o setor da construção civil passou, há cerca de cinco anos, a comprar a areia de brita, produzida pelas pedreiras. O geólogo professor da Furb Juarês Aumond acrescenta que essa é a chamada areia artificial, já amplamente utilizada na Europa.

- É a areia do futuro. A natureza não consegue produzir o recurso natural na mesma velocidade que o mercado da construção civil necessita. Isso não é só no Brasil, mas no mundo inteiro - afirma Aumond.

Escassez aumenta custo de extração
Frohlich acrescenta que a discussão em relação à deficiência de areia é constante e o sindicato estuda ampliar a exploração da areia cava:

- A matéria-prima está ficando escassa. Isso é uma realidade que aumenta o custo da extração. O sindicato repudia a mineração nas áreas próximas das margens, mas sabemos que a falta de matéria-prima é a causa para as possíveis irregularidades - afirma Frohlich.

De acordo com o presidente do sindicato das mineradoras, os estudos sobre a exploração da areia cava são recentes por parte das empresas extratoras. Para extração, são necessários estudos de impacto ambiental, mas a areia seria retirada de terrenos arenosos.

De acordo com a Fatma, só duas empresas, Irmãos Zimmermann e a Dechamps, têm licença ambiental para atuar na dragagem próximo à margem. O motivo é o desassoreamento do rio atrás do Bela Vista Country Club, em Gaspar, e na curva do rio, próximo ao Hotel Paraíso dos Pôneis, também em Gaspar.

Na quinta-feira, 30 de março, o Santa registrou a draga da empresa Irmãos Zimmermann retirando areia próximo à margem no Bela Vista.

Curva dificulta projeto de marina
Em 26 de junho de 2005, a lancha da empresa Dechamps retirava areia próximo à margem no Paraíso dos Pôneis, em uma curva do rio. Na época, conforme o proprietário do Paraíso dos Pôneis, seria construída uma marina no local e por isso a licença para o desassoreamento foi solicitada para a Fatma. A marina até agora não saiu.

Segundo um dos proprietários da Dechamps, Ivan Fantone, a empresa diminuiu a dragagem na curva no rio, pois a extração no local é difícil. Mesmo assim, a licença ainda está no prazo de validade. O proprietário do Paraíso dos Pôneis não foi localizado pela reportagem para falar sobre o assunto.

- A areia é um mineral chamado quartzo, presente em todas as rochas. Ela se forma a partir da degradação das rochas, que acontece ininterruptamente. Não dá para definir um ciclo de renovação, mas a reposição de areia acontece a partir da correnteza, acentuada com a incidência de chuvas.
(Jornal de Santa Catarina, 10/04/06)

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