A chaminé da Usina do Gasômetro foi alvo de pichadores na madrugada de ontem. A pichação está chamando a atenção dos pedestres e motoristas que cruzam pela avenida João Goulart, na direção do Parque da Harmonia. A atuação dos vândalos, porém, não foi percebida pelos guardas municipais que zelam pelo patrimônio público. "Enquanto não houver uma punição mais severa, essas pessoas continuarão agindo livremente", comentou o guarda municipal Eduardo, que estão de serviço quando ocorreu o fato.

Por volta das 20h de ontem, o chefe da Guarda Municipal, Adão Azevedo, esteve na usina para conversar com os subordinados. Aproveitou para avaliar os estragos e ficou surpreso com a forma como os autores do ato de vandalismo agiram. "É quase impossível acessar a escadaria externa da chaminé, mas lamentavelmente conseguiram", salientou. Azevedo igualmente constatou que foram utilizadas duas cores de tinta para pichar a chaminé no sentido vertical: branca e laranja.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, encaminhará pedido de abertura de inquérito ao Ministério Público. "O que fizeram é crime. Como resultou em poluição visual, embora seja um patrimônio da Secretaria Municipal da Cultura, decidi agir", enfatizou.

Moesch acredita que a Polícia Civil também deverá instaurar procedimento investigativo com o objetivo de identificar e prender os vândalos. Segundo ele, a pichação é crime previsto no Código Penal e na Lei dos Crimes Ambientais. "Na legislação ambiental, a pena é agravada se os danos atingirem um patrimônio histórico e cultural, como no caso da usina", justificou.
(CP, 08/04/06)