Concluída LT que liga parque eólico de Osório à subestação da CEEE
2006-04-10
O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack, informa que está concluída a linha de transmissão (de 230 kV) do parque eólico de Osório. Com 8 Km de extensão, a LT liga o parque até a subestação Osório 2, da CEEE. A subestação interna, que irá transmitir 150 MW de potência instalada (417 GWh/ano) da usina, está em fase final de montagem para iniciar os testes. Dos 75 aerogeradores de 2 MW cada um, oito já foram erguidos em Osório, alterando a paisagem do litoral norte, que ganhou novos contornos com os cata-ventos gigantes de 135 metros de altura. “Os trabalhadores estão se superando, com a montagem de dois aerogeradores por semana”, destaca Brack, acrescentando que a previsão inicial era erguer um aparelho a cada sete dias. Outras 22 bases já estão concretadas e foram construídos 10 Km de estradas internas – dos 24 Km previstos.
O empreendimento – da empresa gaúcha CIP Brasil (sócia do empreendimento) em conjunto com a espanhola Enerfin – prevê um investimento de R$ 670 milhões, sendo 69% financiado pelo BNDES. Do financiamento de R$ 465 milhões já aprovado, R$ 105 milhões serão financiados diretamente pelo BNDES e R$ 360 milhões através de um consórcio entre instituições financeiras. BRDE, Caixa RS e Banrisul são responsáveis pelo financiamento de 26% do projeto – R$ 120 milhões.
O parque eólico de Osório, que produzirá energia suficiente para abastecer o consumo residencial de cerca de 650 mil pessoas por ano, foi aprovado na 1ª fase do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), da Eletrobrás, que garante a compra de energia por 20 anos. Baseada em reivindicação do Governo Rigotto, o governo federal adotou a cota de 20% na fonte eólica para cada Estado. Assim, o RS conquistou três parques que geram energia por meio dos ventos: Osório (150 MW), Tramandaí (70 MW) e Palmares do Sul (7,5 MW).
Os números do parque eólico de Osório
- Os parques terão 75 torres de 98m de altura, que pesam 810 toneladas cada.
Este será o primeiro parque na América Latina a ter torres de concreto, que produzirão 2 MW de energia cada;
- As torres, que serão vistas da auto-estrada, atingirão 135 metros, (somadas a torre propriamente dita e o aerogerador);
- Ao todo estão sendo construídos 24 km de estradas no interior do parque;
- Os aerogeradores pesam 100 toneladas e estão sendo erguidos pelo maior guindaste sobre rodas do mundo, importado da Alemanha para a operação;
- As pás dos aerogeradores (com 35 metros de raio) são produzidas com a tecnologia mais moderna que existe. Trata-se do modelo E-70 E4, que é mais eficiente na captação dos ventos;
- Os parques contarão com uma subestação e uma linha de transmissão de 230 kV, com aproximadamente 8 km, construídas especialmente para o empreendimento, para transmitir a energia para a subestação Osório 2 da CEEE;
- Cerca de 40 empresas, grande parte delas gaúchas, foram contratadas para a execução das obras;
- Estão previstos dois mirantes para o fluxo turístico que haverá após a finalização do parque, em dezembro de 2006, os quais serão instalados na sala de controle, junto à sub-estação e o outro, no Centro Institucional, que será construído;
- Foram contratados 650 trabalhadores para a execução das obras em Osório. Outras 200 vagas foram criadas em Gravataí, onde os módulos de concreto são montados antes de irem a Osório, e mais 450 postos de trabalho foram abertos em Sorocaba (SP), que produz os aerogeradores. No total, são 1,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 mil indiretos.
(Semc, 07/04/06)