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2006-04-10
Na sexta-feira (7/04), um dia após o Greenpeace lançar internacionalmente o relatório “Comendo a Amazônia”, ativistas da organização impediram por mais de quatro horas, na manhã de hoje, que o navio W-ONe desembarcasse no porto de Amsterdã, na Holanda. Este navio foi utilizado pela multinacional norte-americana Cargill para transportar soja cultivada na Amazônia para a Europa.

Durante a ação, onze ativistas posicionaram e moveram estrategicamente cinco botes infláveis com o objetivo de evitar que o barco W-One atracasse e descarregasse. A carga em questão – milhares de toneladas de grãos de soja – havia sido carregada no porto construído pela Cargill, em Santarém, no Pará. Segundo o Ministério Público Federal, este porto foi construído ilegalmente, já que não foi apresentado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima), necessário para obras deste porte. Um dos botes, que havia se colocado entre o W-ONe e a doca, foi prensad! o pelo navio, mas ninguém se machucou. Faixas com os dizeres “Crime Ambiental” foram abertas pelos ativistas no local.

Apesar de a Cargill alegar que a soja poderia ter sido cultivada no sul do país, o Greenpeace tem provas de que a soja carregada pelo navio W-One foi produzida na Amazônia, nos estados de Rondônia e Pará, por exemplo.

“A Cargill tem um papel central neste comércio que está destruindo a Amazônia porque ela está viabilizando a invasão criminosa da soja na floresta”, afirma Paulo Adário, coordenador da campanha Amazônia, do Greenpeace.

O relatório “Comendo a Amazônia”, publicado pelo Greenpeace Internacional, revela que a Cargill negocia com fazendeiros inescrupulosos, que grilaram e desmataram ilegalmente áreas públicas e terras indígenas. Alguns utilizaram até mesmo trabalho escravo.

Resultado de um ano de investigação sigilosa, nas regiões de produção e consumo de soja, baseada em análise de imagens de satélites, sobrevôos, análise de dados do governo e pesquisas de campo, o documento “Comendo a Amazônia” evidencia como a demanda mundial por soja alimenta a destruição da maior floresta do mundo.

Além da Cargill, o papel de outras duas multinacionais estadunidenses - ADM (Archier Daniels Midland) e Bunge - na invasão da Amazônia também é exposto pelo relatório do Greenpeace. Elas atuam incentivando o desmatamento ilegal, a grilagem de terras e a violência contra as comunidades locais. A investigação mostra ainda como a soja amazônica é utilizada para alimentar animais e acaba indo parar nas prateleiras de supermercados e redes de fast-foods da Europa, como Mc Donald’s e KFC.

Além da ação realizada hoje na Holanda, desde que o relatório foi lançado, ontem, inúmeras ações ocorreram em restaurantes do Mc Donald’s, a maior cadeia de fast food do mundo, na Inglaterra e na Alemanha.
Informações do Greenpeace

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