Educação ambiental evita que o lixo chegue à rua
2006-04-10
Além de obras de drenagem, a solução para os alagamentos de Porto Alegre passa pela educação ambiental. Com essa avaliação, a prefeitura tenta traçar ações para evitar que grande parte da 1,3 mil tonelada de lixo domiciliar por dia tenham como destino as ruas.
Para o presidente do Moinhos Vive e integrante do Porto Alegre Vive, Raul Agostini, "os alagamentos são fruto de um processo excessivo de edificação e da falta de planejamento prévio". Ele ressalta, porém, que em alguns pontos o trabalho desenvolvido pelo município já obteve resultados, mas ainda está aquém no necessário.
O diretor-geral do DMLU, Garipô Selistre, destaca que até o final do ano deve ser implantado novo modelo de gestão de limpeza urbana, anunciado na semana passada, que aumentará a varredura das ruas e evitará a obstrução das bocas-de-lobo. Segundo ele, grande parte do lixo que vai parar nas ruas tem origem na atividade dos catadores.
"Estamos conscientizando catadores para evitar que eles descartem o material não aproveitado nas vias", salienta. Para isso, acontece a instalação de caixas metálicas em locais como a avenida Ipiranga. Cerca de 50% dos resíduos ficam com os catadores, recicladores e carroceiros, de acordo com ele. O novo modelo de gestão ainda possibilitará, diz Selistre, que agentes ambientais desenvolvam um trabalho de conscientização nas vilas da Capital.
(CP, 09/04/06)