O novo modelo de gestão de limpeza urbana, lançado quarta-feira (05/04), deverá ajudar a amenizar um problema antigo de Porto Alegre: os alagamentos. A estimativa do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) é de que cerca de 70% dos problemas envolvendo inundações em dias de fortes temporais tenham origem no lixo jogado nas vias, que acaba obstruindo as bocas-de-lobo. As ações realizadas pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) irão somar-se a investimentos previstos para este ano na área da drenagem.

Segundo o diretor-geral do DEP, Ernesto Teixeira, entre as obras importantes que o departamento pretender realizar até o fim do ano está a construção de 310 metros de galerias na rua da Gávea, zona Sul. "É uma obra grande, que custará R$ 1,5 milhão, reivindicada há anos pelos moradores", afirma. A licitação está em andamento e há a expectativa de abrir os trabalhos em 90 dias. Outra obra que atenderá solicitação antiga, feita há mais de dez anos, diz respeito à instalação de 390 metros de tubulações na rua Hermes Pereira de Souza, no bairro Rubem Berta.

Para os moradores do 4º Distrito, Navegantes, avenida Goethe e rua Mata Bacelar, a solução está na conclusão do Conduto Álvaro Chaves, prevista para fevereiro de 2007, obra que custará R$ 40 milhões. A cidade tem hoje 70 mil bocas-de-lobo e 18 casas de bombas, muitas operando com dificuldades.

Semana passada, o prefeito José Fogaça reinaugurou a Casa de Bombas 1, na avenida Castelo Branco, dentro do Programa de Recuperação do Sistema de Proteção Contra as Cheias. Na casa existente na vila Asa Branca, que enfrenta problemas com freqüência, nos dias de temporais, há previsão de aumentar a capacidade de drenagem.
(CP, 09/04/06)