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2006-04-07
Pêssegos com mais sabor, perfume e suculência e reconhecimento internacional. Estes são os resultados de pesquisa realizada na Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel(Faem) da UFPel. O trabalho figura na lista dos 25 artigos mais acessados e citados da principal revista do mundo sobre pós-colheita de frutas e hortaliças. A pesquisa gerou tecnologia de manutenção das qualidades sensoriais do pêssego armazenado em câmaras frias. A técnica é usada com sucesso por produtores gaúchos.

O trabalho intitulado Etileno, aquecimento intermitente, atmosfera controlada na conservação e preservação da qualidade de pêssegos, ocupa a 15ª posição na relação “Top 25” de 2005 da versão eletrônica da publicação, editada na Holanda. A pesquisa é a única do Brasil a constar na lista. A avaliação leva em conta também o número de citações sobre o trabalho que aparecem em outras pesquisas da área.

“Este resultado prova que aqui também temos capacidade de pensar e de fazer, que não é somente na Inglaterra ou nos Estados Unidos que se fazem as coisas”, reflete em tom de comemoração o professor da Faem, César Rombaldi, um dos responsáveis pelo trabalho.

A pesquisa, de acordo com Rombaldi, surgiu para resolver dois problemas que afetam o pêssego durante a armazenagem em câmara fria, que são a podridão e a perda das qualidades sensoriais, ou seja, do sabor, do perfume e da suculência.

Desenvolvido com a participação de estudantes de graduação e de pós-graduação, o trabalho identificou as enzimas e os genes da fruta responsáveis pelas perdas e gerou uma técnica capaz de evitar o problema, sem adição de produtos químicos e baseada no controle das condições de armazenamento. A tecnologia usa a injeção de gás nitrogênio no interior da câmara, o que baixa a concentração de oxigênio e eleva a de gás carbônico.

A técnica foi usada por produtor de Pelotas e dois da serra gaúcha, com sucesso. “O importante é que não ficam resíduos na fruta”, observa Rombaldi. Com a aplicação da tecnologia, os pêssegos podem ser armazenados nas câmaras frias por 40 dias, e mantêm todas as características de sabor, perfume e suculência. “Sem o sistema, a fruta fica por até um mês, mas perde qualidade”, afirma o pesquisador da Faem.

Preservação da variedade tardia

Rombaldi ressalta que a técnica é importante para a comercialização dos frutos do tardio que, se bem armazenados por este período mais prolongado, chegarão ao mercado mais valorizadas, já fora da safra, e com toda a qualidade.

A tecnologia está disponível gratuitamente para qualquer interessado, mas não é de implantação barata. O professor avalia que o custo é igual ao da câmara fria. A vantagem é que só se gasta uma vez, com a compra e instalação dos equipamentos, feitos no Rio Grande do Sul, por fabricantes diversos.

Um problema que pode surgir para o produtor do campo é com relação à freqüente instabilidade da energia elétrica no meio rural. As variações de corrente podem queimar os equipamentos. “Por outro lado, na cidade, embora com mais estabilidade, a energia sairá mais cara”, observa o docente. A técnica já deu resultados positivos também com outras frutas como o caqui, kiwi e maçã.

O trabalho foi financiado pela Capes, CNPq e Fapergs e tem a participação de pesquisadores do Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Faem/UFPel, Embrapa, UFSM, Universidade de York e Centro John Innes, da Inglaterra. Assinam a pesquisa, além de Rombaldi, César Girardi, Adriana Corrent, Luciano Lucchetta, Márcio Zanuzo, Tatiane da Costa, Auri Brackmann, Richard Twyman, Fabiana Nora, Leonardo Nora e Jorge Silva.
(Diário Popular, 07/04/06)

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