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2006-04-07
O CNPE - Conselho Nacional de Política Energética discutiu nesta quinta-feira (6) a viabilidade da construção de Angra 3, mas não foi dessa vez que o governo decidiu se irá ou não construir a nova unidade nuclear no país.

A discussão sobre a viabilidade econômica da usina que teria 1.350 MW de potência, ganhou força no governo com a apresentação de um estudo pelo Ministério de Minas e Energia sobre os custos da energia que seria gerada pela nova unidade nuclear, durante a reunião desta quinta-feira.

Segundo o secretário de Energia do Rio de Janeiro, Wagner Victer, o fluxo de caixa apresentado pelo MME demonstra que a energia de Angra 3 custaria aproximadamente R$ 140 por MW/h, contra R$ 187 estimados no ano passado. Essa redução teria sido provocada principalmente pela desvalorização do dólar frente ao real e da queda na TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo.

Victer destacou que a nova unidade nuclear, além de mais viável economicamente, emitiria menos poluentes que uma usina térmica a gás, por exemplo, e ainda poderia evitar o consumo de 7 milhões de metros cúbicos de gás natural/dia, o que corresponde a cerca de 20% do gás importado da Bolívia.

A usina foi incluída no Plano Decenal da Expansão da Oferta de Energia elaborado pelo Ministério de Minas e Energia, mas a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a criticar o projeto de construção da usina, alegando não haver ainda no mundo uma solução segura sobre os resíduos nucleares. Diante disso, ela afirmou que seu ministério prefere outras fontes de geração de energia que não sejam a nuclear.

"Do ponto de vista de um empreendimento como esse você não pode ficar apenas com a questão dos custos. Você tem que ver como resolve a questão da destinação dos resíduos. E hoje em nenhum lugar do mundo se tem segurança em relação a isso. Então não se pode reduzir uma discussão com essa complexidade apenas à questão da economicidade", disse Marina Silva.

A expectativa de Victer é a de que o assunto volte à pauta do CNPE em maio, quando deverá acontecer nova reunião. Ele explicou que a Casa Civil, que pediu vista do processo em abril do ano passado, ainda na gestão do ex-ministro José Dirceu, precisa apresentar um parecer para que o assunto volte à discussão.

O secretário entregou ao CNPE em que ele próprio em nome do governo estadual, os prefeitos e presidentes das Câmaras Municipais de quatro municípios da região da usina (Angra dos Reis, Mangaratiba, Paraty e Rio Claro) se dizem "favoráveis à implantação" da nova unidade nuclear.

Participaram da reunião do CNPE de hoje os ministros Silas Rondeau (Minas e Energia), Dilma Rousseff (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Roberto Rodrigues (Agricultura), Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia), representantes dos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento e do Planejamento, os diretores-gerais da Aneel, Jerson Kelman (que também representa o setor acadêmico) e da ANP, Haroldo Lima, além do secretário de Energia do Rio de Janeiro, Wagner Victer, como representante do Fórum de Secretários Estaduais.

O CNPE também não chegou a uma conclusão sobre possibilidade de controle da ANP sobre o abastecimento de álcool. O ministro Roberto Rodrigues confirmou que o governo está estudando uma forma de monitoramento da produção de álcool, mas que o assunto voltará a ser discutido na reunião de maio.
(Folha Online, 06/04/06)

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