Organizações não-governamentais e um órgão da ONU alertaram contra o perigo de uma guerra biológica e atentados em usinas nucleares. Duas ONGs disseram que os 103 reatores nucleares dos EUA estão vulneráveis a atos terroristas e que o governo deveria colocar tropas de soldados nas usinas para garantir sua proteção. Usinas com reatores nucleares estão presentes em 31 Estados norte-americanos e fornecem cerca de 20% da energia do país. Paul Leventhal, presidente do Instituto de Controle Nuclear, afirmou que o governo deveria estar preparado para instalar armas antiaéreas para derrubar aviões de ataque. Outra medida necessária seria checar cuidadosamente os antecedentes dos empregados das usinas para prevenir sabotagem interna. As usinas dos EUA reforçaram a segurança depois do atentado do dia 11. O Nuclear Control Institute, com sede em Washington, e o Committee to Bridge the Gap, de Los Angeles, disseram que o governo deve pôr entre 30 e 40 guardas nacionais ao redor de cada usina. As usinas têm todas mais de 30 anos e foram projetadas para resistir a furacões, ciclones e terremotos. No entanto, a NRC admitiu que não tem certeza se elas resistiriam à colisão de grandes aviões comerciais, como as ocorridas no World Trade Center e no Pentágono. A Organização Mundial da Saúde (OMS) pressionou todos os países a fortalecer suas defesas contra armas biológicas depois dos ataques que mataram milhares de pessoas nos EUA. Os Estados Unidos já proibiram todos os aviões de fumigação de voarem pelo país, temendo que eles venham a ser usados por grupos guerrilheiros. A agência da ONU, baseada em Genebra, Suíça, estava preparando um relatório sobre reações às armas biológicas e químicas para o final do ano, mas divulgou uma versão preliminar devido ao alarme público causado no dia 11. O relatório aponta como possíveis armas antrax ou botulismo, vírus hemorrágicos e outros patógenos, além de toxinas biológicas e certos tipos de químicos. (FSP/Especial 7, 26/09; Valor/a-9, 26/09)