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2006-04-07
Com menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial é possível reduzir entre 30% e 40% as emissões de carbono, que causam o aquecimento global. A estimativa foi feita pelo chefe do Serviço de Economia do Reino Unido, Nicholas Stern. A pedido do primeiro ministro britânico, Tony Blair, Stern prepara um relatório sobre "economia da mudança climática" a ser apresentado na reunião do grupo dos sete países desenvolvidos mais a Rússia (G-8), em julho, na cidade russa de São Petersburgo.

O objetivo principal do estudo é estimar o custo de políticas para evitar a alta da temperatura mundial, que está aumentando também os desastres naturais no mundo, como furacões e inundações. Stern esteve no Brasil nesta semana e deu entrevista na Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável (FBDS) após conversar com um grupo de especialistas brasileiros. "À medida que forem sendo tomadas medidas, adotadas tecnologias limpas, o custo de baixar as emissões irá se reduzindo", afirmou. "É fato científico que o ritmo de aumento das emissões de carbono é insustentável", afirma, sobre algo que os Estados Unidos não reconhecem ainda. Segundo Stern, a maior parte dos custos para evitar o aquecimento global deve caber aos países desenvolvidos, por serem estes os grandes responsáveis pelas emissões, o que vai ao encontro da posição brasileira.

Uma preocupação a ser registrada no relatório Stern é com o crescimento econômico dos países emergentes, como o próprio Brasil, mas, principalmente China e Índia, que estão se desenvolvendo rapidamente. "Nos Estados Unidos, são 700 carros por mil habitantes, na China são 20", diz Stern, para dimensionar o potencial de crescimento de consumo da China e, com ele, de emissões de carbono. "Ninguém está tentando parar o crescimento dos países em desenvolvimento, mas torná-lo sustentável - o desafio vai ser ajudar esses países a crescer e reduzir emissões ao mesmo tempo", afirmou Stern.

Stern acredita que isso é possível por meio da criação de incentivos para o desenvolvimento e a adoção de tecnologias limpas, como álcool e biodiesel. "Podemos produzir muito biocombustível e exportar, o problema são as barreiras comerciais à agricultura", disse o presidente do Fórum de Mudança Climática no Brasil, Luiz Pinguelli Rosa, ao britânico.

Stern declarou que o governo britânico é favorável à redução de barreiras à importação pela União Européia, no entanto, desde que condicionada à ação de Estados Unidos e Japão no mesmo sentido e à remoção de barreiras ao comércio de produtos industrializados por países como o Brasil. "Na questão do desmatamento também, a liderança tem que ser brasileira porque a floresta é brasileira", disse, referindo-se à floresta amazônica. O diretor da FBDS, Israel Klabin, elogiou a iniciativa do governo britânico, mas se mostrou cético. "Eles vão no máximo minimizar as emissões. Os países do G-8, sobretudo os Estados Unidos, têm muita culpa e não vão mudar o modelo econômico deles. Esse é o problema".
(O Liberal, 07/04/06)
http://www.oliberal.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=150751

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