Uma força-tarefa com representantes dos Estados e do governo federal se reúne na quinta-feira (06/04) em Berlim para discutir um plano de ação nacional visando conter o alastramento da gripe aviária no país. O primeiro caso de H5N1 na Alemanha, num criadouro de perus, gansos e galinhas do Estado da Saxônia, no Leste do país, havia sido confirmado na quarta-feira. Mais de 10 mil dos 16 mil animais criados na granja já foram abatidos.

Em volta da propriedade foi demarcada uma zona de três quilômetros, onde o acesso é proibido, além de uma área de observação com um perímetro de 10 quilômetros. A Comissão de Saúde Animal da União Européia discute nesta quinta-feira as medidas a serem tomadas em relação ao comércio da carne de aves. Este é o segundo caso de animais domésticos afetados pelo H5N1 na Europa, depois da França, em fevereiro.

O Instituto Federal de Avaliação de Riscos já tranqüilizou os consumidores através de um comunicado, segundo o qual o perigo para as pessoas "não aumenta" por causa deste caso de H5N1 em aves domésticas na Saxônia. Em março, já houve uma suspeita de gripe das aves, que não chegou a se confirmar, numa empresa avícola da Baviera, o que obrigou o abate de cerca de 400 frangos.

A Alemanha tem cerca de 110 milhões de aves domésticas. Sua grande maioria concentra-se no Estado da Baixa Saxônia, que faz fronteira com a Holanda e a Bélgica. Lá são criados cerca de 70 milhões de animais. O médico veterinário responsável pelo controle de zoonoses na região afetada, Ingolf Herold, mostrou-se surpreso com a contaminação, pois a propriedade era controlada a cada 14 dias. Ele suspeita que o vírus tenha sido levado às capoeiras através de calçados dos trabalhadores do criadouro, que tiveram algum contato com aves selvagens contaminadas. Por outro lado, não foram encontrados animais selvagens mortos nas proximidades da granja.
(Deutsche Welle, 05/04/06)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dw/ult1908u4436.shtml