Camponeses deixam Acapulco sem água para protestar contra Hidrelétrica
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2006-04-06
Camponeses opositores à construção da hidroelétrica "La Parota" tomaram na quarta-feira (05/04) o controle da instalação que fornece água para 800.000 pessoas no balneário mexicano de Acapulco, disseram fontes oficiais. O diretor da Comissão de Água Potável de Acapulco, Miguel Angel Castro, informou que 800.000 moradores, 70% dos habitantes de Acapulco, ficaram sem abastecimento de água por causa da invasão da instalação.
Castro disse durante o fórum "México diante dos desafios do próximo sexênio", que deixar a população sem água era um "grande e grave problema". Os camponeses estão desde terça-feira (04/04) com o controle da instalação que fornece água para o porto de Acapulco para exigir a liberdade de um de seus partidários, acusado de agredir uma pessoa que é favorável à construção da represa.
Além disso, os camponeses exigem que as autoridades suspendam todas as atividades de construção na região do conflito e conversem com o governador do estado de Guerrero, Zeferino Torreblanca, e com o prefeito de Acapulco, Félix Salgado Macedonio. "Que a população de Acapulco nos desculpe, mas que veja que ficar sem água um dia incomoda, a nós querem tirar a água e a para sempre", disse à EFE Marco Antonio Suastegui, porta-voz dos camponeses.
O governador Torreblanca disse em entrevista coletiva "que estão seqüestrando o interesse coletivo em benefício de questões particulares" e ameaçou que "no momento que for conveniente vai atuar como acho que a população espera". O Governo conseguiu convencer a maior parte dos camponeses a aprovar o projeto hidrelétrico La Parota, que terá um investimento de 800 milhões de dólares e gerará cerca de 10.000 empregos diretos durante sua construção. No entanto, um grupo de camponeses se opôs à desapropriação das terras e à construção da central hidroelétrica.
(EFE, 05/04/06)
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