A história da comunidade de Santa Isabel, distrito de Arroio Grande, que há muito tempo anseia e reivindica pelo direito de ter água tratada, motivou o prefeito Jorge Luiz Cardozo (PDT) a decretar situação de calamidade pública no distrito, onde vivem cerca de mil pessoas.

Os da localidade são submetidos a beber água retirada do canal São Gonçalo, que muitas vezes é turva claro oferece condições duvidosas para o consumo. No local foi construída uma fábrica de pescado, que está praticamente pronta, mas não pode funcionar por falta de água potável. Segundo nota da prefeitura, o empreendimento impulsionaria a economia e traria melhores condições de ganho aos pescadores.

No posto de saúde do distrito existe um gabinete odontológico novo, sem uso, que não pode ser montado e atender a comunidade pelo mesmo motivo. A incidência de doenças relacionadas da qualidade da água é muito grande. São muitos os casos de dermatites e desidratação.

Há dois anos foi construída a primeira parte da estação de tratamento de água, localizada a dois quilômetros de Santa Isabel. A empresa contratada pela Corsan preparou o local onde será instalado o laboratório, as bases para os reservatórios, os motores foram comprados, mas falta a instalação eletromecânica, a rede principal e os ramais.

A comunidade entende que a obra tem custos elevados, mas diante do que já foi investido, requer uma ação imediata das autoridades competentes.Sem resposta do governo do estado, o prefeito assinou o decreto. "A população continua sem o fornecimento de água potável, já que restou inacabada a obra iniciada pela Corsan”, comentou.

A assessoria de comunicação da Corsan, divulgou que o projeto de construção da ETA em Santa Isabel está tendo seu orçamento reestudado, para que possa ser enquadrado ainda este ano.
(Diário Popular, 05/04/06)