A apreensão efetuada pelo Ibama de animais que viviam em cativeiro no Colégio Divino Coração, realizada há alguns dias, criou mal-estar na comunidade da escola. Uma arara com 40 anos de idade, que havia seis anos convivia com as crianças do colégio, e três tartarugas e um pato silvestre, foram recolhidos pelo Ibama porque estariam em cativeiro de forma ilegal, segundo a representante do órgão, Eridiane Lopes da Silva.

A Associação de Pais e Professores do colégio tinha decidido recorrer à Justiça para obter a reintegração dos animais. Conforme o presidente da associação, Valdivo Rohbe, os animais faziam parte da vida da escola. Ele cita o caso da arara, que foi presenteada por um militar transferido da cidade e que teria afirmado que ela sempre viveu em cativeiro.

Ontem, entretanto, a entidade desistiu de recorrer à Justiça, "depois de examinar a legislação federal". Uma nota de esclarecimento será divulgada hoje pela Associação de Pais e Professores, lamentando o ocorrido. Para a diretora Cláudia Chesini, quem fez a denúncia da presença dos animais não estaria ligada à escola e desconhecia a forma como eram tratados.
(CP, 05/04/06)