Sorrentino aponta panorama da Educação Ambiental no Brasil
2006-04-04
A educação ambiental brasileira se destaca hoje entre as demais nações por ter inovado com a lei nº 9795/99 que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental. Mas, segundo Marcos Sorrentino, diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, a educação ambiental ainda precisa melhorar no que diz respeito à organização desse sistema, implementado de 2003.
A opinião de Sorrentino é de que só será possível fazer uma educação ambiental efetiva, transformadora de comportamentos e valores, se for possível executá-la com a totalidade dos brasileiros e brasileiras, de forma permanente e continuada. "Quando a educação ambiental age como um vaga-lume, ou seja, quando ela acontece num lugar e não no outro, significa que está acontecendo apenas de forma informativa", lamenta.
Uma das inovações da legislação brasileira consiste na criação do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, implementada pelo atual governo. O órgão é formado pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Educação, além de um comitê assessor que inclui diversas instituições da sociedade civil.
É de responsabilidade do órgão a coordenação de todas as ações de educação ambiental na sociedade brasileira. Por exemplo, a organização do congresso que será realizado nos próximos dias, cujo principal objetivo é o debate em torno da contribuição da educação ambiental para a construção da sustentabilidade planetária.
Para alcançar este objetivo, Sorrentino aponta a convergência entre o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, criado durante a Eco 92, e a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, instituída em 2005. "A partir deste debate, vamos intercambiar experiências de políticas públicas que permitam o aprimoramento do fazer educacional voltado à questão ambiental", destaca. "A educação ambiental deve fazer frente aos grandes desafios planetários como as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e a desertificação, mas isso só será possível quando ela for interiorizada no dia-a-dia de cada individuo, de cada grupo social e de cada governo, finaliza Marcos Sorrentino.
(Informações do V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental)