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2006-04-04
A explosão de um Santana movido a Gás Natural Veicular (GNV) no sábado à noite, em Garibaldi, vitimou uma pessoa e reacendeu o receio quanto às adaptações a este tipo de combustível. Tão logo o acidente aconteceu, técnicos da Associação dos Instaladores de Equipamentos de Gás Natural do Rio Grande do Sul (Ascongás-RS) foram ao local e constataram que uma instalação clandestina motivou a tragédia.

Conforme o presidente da entidade, Denis dos Santos de Fraga, pelo menos 10% da frota de 36 mil veículos movidos a GNV no Estado está irregular. "Se alguma coisa acontecer com um desses carros, as empresas legalizadas é que sofrem as conseqüências."

Em Lajeado, desde abril do ano passado até março de 2006, ocorreram 300 conversões. Dois estabelecimentos estão credenciados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro) para inspecionar as adaptações. Cerca de 120 equipamentos de segurança são analisados em vistorias anuais.

"Seguindo as normas técnicas, verificamos todo o encanamento para observar se existe vazamento.", explica o gerente da Inspesul, Romeu Fedrigo. A empresa examina uma média de 20 veículos por mês e até agora apenas uma irregularidade, um recipiente com validade vencida, foi constatada.

Para o proprietário da Centec Veicular - também responsável pela fiscalização em Lajeado -, Lucas Decker, instalações dentro das normas não resultam em acidentes. A permissão para rodagem de um veículo movido a GNV só vem depois de ele passar pelo crivo do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), de uma oficina credenciada pelo Inmetro e por um organismo cadastrado pelo instituto.

"Se seguir esses passos, a probabilidade de algo dar errado é quase nula. O problema está nos motoristas que agem na má-fé e colocam cilindros que não são adequados para a função."

Instabilidade

O incidente em Garibaldi, aliado às insistentes ameaças do presidente boliviano, Evo Morales, de tomar os campos de gás existentes no país, quebrando contratos com multinacionais como a Petrobras, instabilizam o mercado de GNV.

"Toda a vez que sai uma notícia destas, por mais infundada que seja, sempre deixa os consumidores assustados", afirma o gerente administrativo da Ascongás Paulo Éden Bitencourt. "Por ser novo, o setor é muito melindrado", explica o diretor técnico da MultiAuto Reni Nunes Machado.

Apesar das possíveis conseqüências, a Ascongás projeta um crescimento nas instalações em abril, se comparado ao desempenho do primeiro trimestre - em Lajeado foram 90 adaptações no período. "Com o pessoal quitando as contas contraídas durante o verão, a expectativa é que a situação melhore", admite Fraga.

Precariedade

O recipiente que explodiu em Garibaldi era utilizado em ar-condicionado, com capacidade para absorver uma pressão de apenas cinco quilos. Um cilindro instalado nas normas do Inmetro suporta até 200 quilos.

Saiba mais

• Os cilindros e o kit carregado no veículo são projetados para resistir a alta pressão, colisões e altíssimas temperaturas.
• O Gás Natural Veicular é um combustível mais seguro do que a gasolina e o álcool.
• Todo o abastecimento é realizado sem que o produto entre em contato com o ar, eliminando qualquer possibilidade de combustão.
• Não existe perigo de explosão nos veículo com o kit de GNV com instalações seguras. Há válvulas de segurança que se fecham caso haja algum rompimento na tubulação, além de possuir um sistema de exaustão caso ocorra vazamento. O GNV é mais seguro do que qualquer combustível líquido.
• Enquanto o álcool se inflama a uma temperatura de 200°C, a gasolina a 300°C, o gás queima a 620°C. O abastecimento é feito sem que o produto entre em contato com o ar, o que elimina a possibilidade de combustão.
• O GNV ainda é o menos poluente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população. Através da redução das emissões de poluentes e da melhoria da qualidade do ar, a utilização do Gás Natural Veicular traz grandes vantagens econômicas ao seu usuário.

Ascongás-RS anuncia medidas para evitar incidentes

O presidente da Associação dos Instaladores de Equipamentos de Gás Natural do Rio Grande do Sul (Ascongás-RS), Denis Santos de Fraga, vai propor à Brigada Militar, ao Corpo de Bombeiros e à Empresa Pública de Trânsito e Circulação (EPTC) a realização de um curso para formar pessoal apto a identificar eventuais problemas e irregularidades em relação às instalações de Gás Natural Veicular (GNV) no Estado.

"Temos condições de, em dois meses, treinar multiplicadores dessas instituições, que poderão atuar como educadores e fiscalizadores dos kits de GNV instalados em cerca de 36 mil veículos gaúchos", afirma.

Fraga também anuncia que irá apresentar ao Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no RS (Sulpetro) proposta de instalar uma câmera junto às bombas que abastecem os veículos com GNV. Conforme o presidente da Ascongás-RS, a câmera faria uma leitura digital instantânea da placa do veículo, verificando, de maneira on-line, a placa e conseqüente situação do mesmo.

Em caso de qualquer irregularidade, a bomba de GNV não seria acionada. "Com este sistema, os veículos que não estiverem em conformidade com as inspeções legais exigidas pelo Inmetro sequer conseguirão abastecer", explica, "evitando possíveis problemas como o de Garibaldi".

O gerente da Ascongás Paulo Éden Bitencourt acrescenta que o GNV é o combustível mais seguro. "Em instalações legais, em empresas credenciadas pelo Inmetro, não há como ocorrer qualquer tipo de acidente com GNV", garante. "Tanto é assim que o cilindro instalado numa empresa credenciada em São Paulo ficou intacto após o acidente de Garibaldi", acrescenta.

Dicas para o consumidor

Bitencourt diz que os consumidores devem seguir algumas regras básicas ao procurar uma empresa instaladora do kit GNV. Antes de mais nada, recomenda, deve-se acessar o site www.ascongas.com.br para verificar as empresas - 49 no total - credenciadas e reconhecidas pela entidade e pelo Inmetro para realizar o serviço.

Os municípios que têm empresas instaladoras de GNV são Lajeado, Porto Alegre, Canoas, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Farroupilha, Garibaldi e Caxias do Sul. O preço varia de R$ 2,8 mil a R$ 4 mil, dependendo do veículo. "Qualquer valor abaixo de R$ 2,8 mil é um alerta de possíveis problemas", ressalta o gerente.

Bitencourt ainda informa que todo o veículo que recebe uma instalação de GNV deve passar anualmente por inspeção efetuada por um organismo de inspeção veicular autorizado pelo Inmetro. Após a instalação do kit é necessário que o usuário regularize a documentação do veículo junto ao Detran, apresentando: documento original do veículo; notas fiscais do kit e da mão-de-obra de instalação; autorização para modificação do veículo e Certificado de Segurança Veicular (CSV), que é emitido pelo Inmetro.
(O Informativo do Vale, 04/04/06)

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