Como reflexo da entrada em operação de mais um guindaste “maior do mundo”, dois novos cata-ventos foram montados na semana passada na usina eólica de Osório. Descontada uma base que permanece sem aproveitamento por defeito na concretagem, está completa a primeira linha de aero-geradores, composta de oito unidades (nove, segundo o projeto).

Aparentemente, estão superadas as dificuldades operacionais registradas no início da obra, que completou seis meses e chama a atenção pela imponência dos seus cata-ventos, chamados de “aero-geradores” até pelas crianças de Osório, que se envolveram espontaneamente na contagem regressiva do empreendimento. Agora falta montar 67 cata-ventos para completar o projeto da Ventos do Sul.

O aumento da velocidade na montagem é visível na segunda linha de aerogeradores, onde os visitantes dominicais puderam ver duas torres quase prontas e uma terceira iniciada. No primeiro fim de semana de abril não houve vento nem chuva, mas esse clima favorável não pode ser aproveitado porque as empreiteiras continuam respeitando os domingos.

Nesta segunda-feira (03/04), por ironia, o vento nordeste voltou a soprar, atrapalhando os trabalhos de montagem vertical e fazendo lembrar a frase (de William Ward) citada pelo velejador Lars Grael antes de retomar no Rio na atual regata de volta ao mundo: “O pessimista se queixa do vento. O otimista espera que ele mude. O realista ajusta as velas.”
Por Geraldo Hasse, de Osório, para O Diário dos Ventos, série exclusiva do Ambiente Já e Jornal Já – www.jornalja.com.br.