O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro vai enviar ofício à Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e à Eletronuclear, empresa responsável pela usina nuclear Angra 1, para saber por que motivo não foi informado do vazamento ocorrido em maio deste ano. O procurador da República Daniel Sarmento anunciou ontem que vai encaminhar o documento para as duas instituições. O procedimento inicial do Ministério Público teve origem em denúncias do vice-diretor da Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia) da UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, em 1999. Pinguelli criticou, na ocasião, a situação de segurança do reator de Angra 1, que, à época, teria sofrido queda de desempenho, além de desligamentos automáticos não planejados. Teria havido também falhas humanas, segundo o vice-diretor da Coppe. Segundo ele, Angra 1 deveria parar imediatamente de operar porque tem problemas de corrosão. Segundo ele, Angra 1 é um reator complicado. -A central merece a maior atenção. Os geradores de vapor de Angra 1 têm de ser trocados o mais rapidamente possível porque estão com corrosão. Em 99, tiveram paradas sucessivas, completou Pingelli. (JB-26/9)