Cilindro de gás natural explode e mata passageiro em Garibaldi
2006-04-03
O Instituto Geral de Perícias (IGP) deverá emitir nos próximos dias o laudo conclusivo sobre a causa da explosão de um cilindro de gás em um automóvel Santana com placas de São Paulo. O acidente aconteceu no sábado à noite, quando o carro estava parado para ser reabastecido com Gás Natural Veicular (GNV) em um posto de combustíveis da cidade de Garibaldi. A explosão destruiu o Santana e causou a morte do caroneiro Ademir José de Aguiar Mello, 29 anos, que foi lançado a mais de 10 metros de distância do veículo. Ele estava próximo aos cilindros. O condutor e o frentista nada sofreram porque se encontravam mais afastados do automóvel.
A destruição não foi maior porque o sistema de abastecimento do posto isola imediatamente o resto da tubulação, explica Elias Andreolla, do Corpo de Bombeiros Voluntários de Garibaldi.
O delegado Clóvis Rodrigues de Souza, titular da DP de Garibaldi, ouviu o condutor do veículo e este declarou que estava negociando a compra do Santana e não constatara qualquer irregularidade, até acontecer a explosão. O carro foi removido para o depósito da Polícia Civil e examinado por técnicos do IGP.
A Associação dos Instaladores de Gás Natural do Rio Grande do Sul (Ascongás) enviou dois técnicos a Garibaldi. Eles realizaram vistoria no ambiente e no veículo e também conversaram com o condutor.
Segundo a Ascongás, os técnicos concluíram que o acidente aconteceu devido à uma instalação irregular de GNV no automóvel. O gerente da entidade, Paulo Eden Bitencourt informa que o Santana recebeu uma primeira instalação de GNV em São Paulo, dentro das normas técnicas de segurança. Posteriormente, uma segunda instalação teria sido realizada em Erechim, de forma clandestina. Foi instalado um recipiente de gás usado em aparelhos de ar condicionado, chamado "garrafa de gás", afirma Bitencourt.
(CP, 03/04/06)