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2006-03-31
Não há como abordar a questão da pobreza e da desnutrição mundial sem que anteriormente seja discutido o avanço da desertificação e, consequentemente, a perda de terras com vegetação e a áreas cultiváveis no planeta. A opinião é da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que nesta quinta-feira (30) participou do evento sobre desertificação, realizado na 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), em Curitiba.

Também estiveram no debate o secretário-executivo da Convenção sobre Biodiversidade Biológica (CDB), Ahmed Djoghlaf, e secretário-executivo da Convenção Nacional para o Combate à Desertificação (UNCCD), Hama Arba Diallo.

Uma das medidas anunciadas por eles foi a intenção de unir os trabalhos das convenções da Biodiversidade, Desertificação e do Clima, que hoje atuam de forma independentes e isoladas. “O fator climático está intimamente ligado ao crescente aumento de áreas desertas no mundo. E conservar a biodiversidade é frear este processo. Por isso, estamos optando por concentrar esforços das convenções que tratam dos três temas”, afirmou Djoghlaf.

O secretário-executivo da UNCCD pediu à ministra Marina Silva que o Brasil lidere a negociação com os outros países sobre como implantar as decisões já tomadas pela Conferência da Desertificação. “O Brasil precisa criar o ambiente necessário para que a implantação ocorra de fato. Se o Brasil não o fizer, ninguém mais fará”, defendeu.

Já a ministra argumentou que os outros países que também sofrem com o problema precisam assumir suas responsabilidades. “Temos consciência que o Brasil tem grande responsabilidade, mas os outros países precisam estar atentos para o fato que a desertificação é causadora da degradação ambiental e social”, disse.

A perda de terras com vegetação e áreas cultiváveis ocorre em velocidade duas vezes maior do que a verificada na década de 70, segundo informações da ONU apresentadas durante a COP8.

No Brasil, têm sido identificados processos de degradação das terras em estados como o Rio Grande do Sul (especialmente na região de Alegrete), Paraná, São Paulo e Rondônia. Mas as áreas susceptíveis à grave degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e a redução da qualidade de vida das populações afetadas não se limitam às regiões semi-árida ou sub-úmida seca, onde o risco é bem maior. São áreas localizadas em sua grande maioria na região Nordeste e no norte de Minas Gerais, totalizando cerca de 980 mil quilômetros quadrados.

Segundo a ONU, os prejuízos causados pela desertificação chegam a US$ 250 por hectare em áreas irrigadas, US$ 40 por hectare em áreas de agricultura de sequeiro e US$ 7,00 por hectare em áreas de pastagem. De acordo com diagnóstico do Ministério do Meio Ambiente (MMA), as perdas podem chegar a US$ 800 milhões por ano. Os custos de recuperação das áreas mais afetadas foram estimados em US$ 2 bilhões para um período de 20 anos.

A agricultura predatória, as queimadas, os mananciais sobrecarregados e as explosões demográficas estão entre as principais causas da desertificação, com o auxílio dos crescentes efeitos do aquecimento global – ressecando ainda mais os solos afetados. O processo provoca três tipos de impactos, relacionados entre si : ambientais, sociais e econômicos.

As regiões mais afetadas do planeta estão localizadas em grande parte da Europa e Ásia, Canadá, Oeste e Sul da África e o Leste da Austrália. O aumento das temperaturas globais poderá ser a principal causa, dizem os especialistas. Na China, uma área do tamanho de Portugal (cerca de 92 mil quilômetros quadrados) transformada em deserto. Pelo menos 31% do território espanhol estão em processo de desertificação.
Por Valdeci Lizarte, Assessoria de Imprensa COP8/MOP3

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