A III Conferência Internacional de Alerta Antecipado da ONU terminou na quarta-feira (29/03), em Bonn, com um pedido de apoio para os poderes e comunidades locais, como fator-chave na prevenção dos desastres naturais. O documento final da Conferência, que foi iniciada na segunda passada e reuniu representantes de 140 países, pede aos Governos nacionais e organizações multilaterais que apóiem os Governos locais no desenvolvimento de seus próprios sistemas de alerta.

"Os poderes locais são o fator determinante para a eficácia desses alarmes", concluiu o diretor da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR, na sigla em inglês) da ONU, Salvano Briceno, em sua qualidade de presidente do plenário. "O alerta antecipado começa e termina junto à população. A tecnologia é importante também, mas não serve de nada se a população não estiver preparada", disse Irmgard Schwaetzer, presidente do Comitê Alemão de Prevenção de Catástrofes, representando o país anfitrião.

A III Conferência, sucessora das realizadas em 1998 e 2003, foi convocada sob o lema "do conceito à ação" e teve o objetivo de revisar a agenda discutida na Conferência Mundial para a Redução de Desastres de Kobe (Japão), realizada em janeiro de 2005 após o tsunami asiático. Na quarta-feira (29/03), a conferência de Bonn foi aberta com o discurso do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, em sua qualidade de enviado da ONU para a reconstrução das regiões afetadas pelo tsunami.

Na conferência foram apresentados 150 projetos de comunidades locais de todo o mundo, destinados a desenvolver sistemas de alerta antecipado para todo tipo de catástrofe: terremotos, erupções vulcânicas, inundações, secas, deslizamentos de terra e incêndios florestais.
(EFE, 29/03/06)
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/03/29/ult1809u7754.jhtm