Qualidade de ar melhorou na Grande São Paulo e piorou em Cubatão
2006-03-30
A qualidade do ar na região metropolitana de São Paulo melhorou em 2005. Segundo relatório da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), divulgado ontem, enquanto em 2004 o ar esteve bom em
58,6% dos dias monitorados em 22 estações meteorológicas da Grande São Paulo, em 2005 o índice subiu para 61%, em 23 unidades pesquisadas.
O relatório revelou ainda que os índices diários de monóxido de carbono (CO) e de partículas inaláveis superaram apenas uma vez cada um o padrão de qualidade no ano passado, ante cinco e sete vezes, respectivamente, em 2004. O ozônio foi o gás cuja concentração ultrapassou mais vezes o padrão de qualidade da Cetesb: foram 89. Em 2004, tinham sido 117 vezes.
Para o gerente de Tecnologia
de Avaliação da Qualidade do Ar da Cetesb, Jesuíno Romano, dois fatores contribuíram para a melhora, apesar de o inverno de 2005 ter sido desfavorável para a dispersão de poluentes: o diesel produzido pela Petrobrás com menor teor de enxofre e a emissão de monóxido de carbono cerca de quatro vezes menor pelas motocicletas fabricadas a partir de 2004.
Em Cubatão, na Baixada Santista, o problema é outro: o pólo petroquímico do município emitiu, em 2005, quase 80 mil toneladas de gases e partículas sólidas tóxicas. Por isso, a Cetesb registrou piora no ar: foram 9,9% dos dias com qualidade inadequada, ante 6,6% em 2004. É a estação mais poluída de todas as analisadas pelo relatório.
(O Estado de S. Paulo,
29/03/06)