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2006-03-30
Para manter a rica biodiversidade da Serra do Espinhaço, é preciso ampliar as Unidades de Conservação existentes na região. Essa é uma das principais recomendações do primeiro mapeamento já realizado sobre a Cadeia do Espinhaço, que reuniu em meados desse mês mais de 40 especialistas. O estudo fornece subsídios, até então inexistentes, para a conservação do complexo montanhoso, divisor dos hotspots mundiais da Mata Atlântica e do Cerrado (áreas de maior diversidade biológica e mais ameaçadas do planeta).

Com cerca de mil quilômetros de norte a sul que cobrem parte dos estados de Minas Gerais e Bahia, o Espinhaço abriga uma biodiversidade única, sendo uma das regiões brasileiras mais ricas em endemismos. Como resultado de três dias de trabalho, foram definidas quinze áreas prioritárias e feitas recomendações para a efetiva proteção desse patrimônio natural.

No modelo de diagnóstico empregado no Espinhaço, o Cerrado toma a dianteira na aplicação de uma das recomendações da COP7, a de que todos os países realizem análises das lacunas de proteção de espécies ameaçadas de extinção e passem a adotar o conceito de áreas insubstituíveis até 2006. O termo indica aquelas regiões que são únicas no planeta em termos de biodiversidade e cuja conservação torna-se fundamental. Desta forma, a revisão da situação de áreas protegidas e a criação de unidades será embasada por um planejamento sistemático e estratégico. "Essa é, possivelmente, uma das áreas do Cerrado com maior número de áreas insubstituíveis", estima Ricardo Machado, diretor do Programa Cerrado da organização não-governamental Conservação Internacional (CI-Brasil).

Machado explica que a ferramenta melhora a tomada de decisão, pois elimina a subjetividade na definição da importância das áreas, bem como cruza as diversas informações estatísticas de diferentes estudos, indicando qual o melhor cenário de conservação para o Espinhaço.. "Os próximos passos incluem a captação de recursos para as ações indicadas, a ampliação das parcerias com universidades e com os setores governamental e empresarial, e a criação de um acesso à base de dados na internet".

Proteção da Biodiversidade - A elevada diversidade e endemismo de espécies de flora nas cangas - vegetação que cresce sobre os campos ferruginosos -, do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, tornam essa uma das áreas consideradas insubstituíveis da Serra do Espinhaço. Para protegê-la, recomenda-se anexar a Serra da Calçada ao Parque Estadual Serra do Rola Moça, e a criação de uma Unidade de Conservação de Proteção Integral na Serra da Moeda. A pesquisadora em biodiversidade do Instituto Biotrópicos, Maíra Figueiredo Goulart, salienta que muitas espécies de orquídeas terrestres, bromélias, gramíneas e arbustos ocorrem apenas na canga e em nenhum outro local do mundo. "Se esta área continuar a ser destruída, boa parte da sua biodiversidade estará perdida para sempre", alerta, observando que os campos ferruginosos são formações muito raras fora do Quadrilátero Ferrífero.

Áreas insubstituíveis - Além do Quadrilátero Ferrífero, são também áreas insubstituíveis o Parque Nacional da Serra do Cipó e toda a região de entorno; a Serra do Cabral; a região de Diamantina, abrangendo o Parque Nacional Sempre Vivas e o Parque Estadual do Rio Preto; o Espinhaço do Norte de Minas - região de Grão Mogol e Itacambira -, e na Bahia, a região da Chapada Diamantina e Parque Morro do Chapéu.

Para a definição dessas áreas, os participantes do Workshop tiveram como apoio um banco de dados com 5,9 mil espécies de plantas e animais, gerado a partir de diferentes estudos. Os participantes criaram mapas detalhados desse patrimônio natural: o estado de conservação de grupos de fauna e flora, a sua distribuição, as ameaças potenciais, o grau de proteção atual e a análise de custo-benefício.

O Estudo integra o projeto Espinhaço Sempre Vivo, desenvolvido pelas organizações não-governamentais Instituto Biotrópicos e Fundação Biodiversitas, com o apoio da Conservação Internacional (CI-Brasil). Trata-se do primeiro investimento na área após o reconhecimento da porção mineira como Reserva da Biosfera, pela Unesco, em junho do ano passado.
(Assessoria da Conservação Internacional - Brasil, 29/03/06)

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