(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
Comperj baía de guanabara petrobras
2006-03-29

A Petrobras anunciou ontem (28) a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que terá investimento US$ 6,5 bilhões. A obra será construída em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Grupo Ultra, dono da empresa Ultragaz. A obra será construída na região metropolitana do Rio de Janeiro, nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo.

A obra deve criar 50 mil novos postos de trabalho na fase de operação das três gerações indústrias da cadeia petroquímica. A unidade petroquímica será a base para o desenvolvimento do parque industrial a ser criado na região, com central de utilidades e empresas de produção de insumos de como polietilenos, propileno, estireno – voltados para a fabricação de plásticos, geladeiras, computadores, veículos e até navios.

A Unidade Petroquímica em sua primeira fase terá capacidade para processar até 150 mil barris de petróleo pesado, proveniente da Bacia de Campos. Para isto, serão necessários investimentos, em uma primeira etapa, da ordem de US$ 3,5 bilhões.

Estimativas da Petrobras indicam que, nesta primeira fase, durante as obras de construção do complexo, serão criados mais de 212 mil empregos diretos, indiretos e decorrentes do efeito-renda. Já na implantação das empresas de segunda geração, está prevista a criação de mais de 200 mil empregos diretos e indiretos.

O projeto prevê a construção, em São Gonçalo, do Centro de Inteligência do Complexo Petroquímico e de uma Central de Escoamento de Produtos Líquidos, para armazenamento intermediário – tendo como objetivo otimizar o escoamento entre Itaboraí e os terminais de carregamento da Baia de Guanabara.

Com entrada em operação prevista até início de 2012, a Unidade Petroquímica Básica deverá produzir anualmente, a partir de uma carga de 150 mil barris diários de petróleo, cerca de 1,3 milhão de toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas de benzeno e 700 mil toneladas de –xileno – todos insumos para o setor petroquímico, além de derivados de petróleo, principalmente o coque.

Complexo petroquímico é “perigo muito grande para nós”, diz líder de pescadores
Os pescadores de rios como o Macacu e o Caceribu, que ficam na região em que será instalado o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), estão apreensivos com as conseqüências ambientais e sociais da obra.

"Tem que haver um sistema de tratamento adequado para o material que vai ser descartado, se não vai trazer impactos ambientais que podem prejudicar 20 mil chefes de família que dependem da pesca na Baía de Guanabara", afirmou o presidente da colônia de pescadores Z-8, em Niterói, Gilberto Alves. "Eu sei que vai gerar emprego, mas é um perigo muito grande para nós", disse.

A diretora da ONG Guardiões do Mar e doutora em Biologia Marinha, Graça Bispo, ressaltou que qualquer atividade ligada ao petróleo traz impactos ambientais, mas é preciso analisar todos os benefícios conseqüentes.

"A gente precisa pensar que há uma série de pessoas que precisam de uma colocação profissional, gerada por empreendimentos como esse. O homem também faz parte do ecossistema", afirmou Bispo.

A assessoria de imprensa da Petrobras informou que antes de definir o local de instalação do Complexo Petroquímico, foram realizados diversos estudos de impactos ambientais, sociais e econômicos.

Presidente de ONG diz temer impactos sociais de complexo petroquímico no Rio
Os possíveis riscos sociais causados pela instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no município de Itaboraí, preocupam mais que os impactos ambientais, segundo a engenheira química Dora Hees, presidente da ONG Instituto Baía de Guanabara. Para ela, um empreendimento deste porte atrai muitas pessoas e a região pode não estar preparada para suportar o rápido crescimento demográfico.

"Com a necessidade de manter a imagem de uma empresa limpa, a Petrobras vai construir o que há de mais moderno e mais cuidadoso que pode existir. A minha preocupação é que aquela região tem pouca água. Cerca de 70% dos domicílios não têm água encanada e nem saneamento. É uma situação muito precária em termos urbanos e isso pode piorar porque o empreendimento vai atrair muita gente em busca de emprego", disse Hees.

Como o pólo da Petrobras ficará em uma área próxima a duas áreas de proteção ambiental (APA), de Guapimirim e a Estação Ecológica da Guanabara, existem riscos ambientais que devem ser avaliados, segundo o chefe da APA de Guapimirim, vinculada ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Breno Herrera.

"A operação de um pólo petroquímico tem pelo menos três impactos possíveis, que eu considero mais graves. O primeiro é o despejo de efluentes líquidos tóxicos, resultado do processamento do petróleo. Em segundo lugar, há a emissão atmosférica de gases que resultam da combustão do petróleo e de seus derivados. E em terceiro lugar, a gente tem que lembrar de um histórico triste de acidentes que envolvem a atividade de petróleo", disse.

Herrera lembrou que, na Baía de Guanabara, houve recentemente dois acidentes que resultaram no despejo de óleo. "Não é incomum esse tipo de atividade industrial resultar em acidentes, com graves implicações ecológicas", afirmou o técnico do Ibama.

De acordo com Herrera, o licenciamento ambiental para a instalação do pólo será feito pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feema), órgão estadual. Mas, como se localiza próximo a duas áreas de preservação federal, o Ibama deverá ser consultado. O órgão federal, no entanto, ainda não teria sido oficialmente comunicado.

A assessoria de imprensa da Petrobras informou que antes de definir o local de instalação do Complexo Petroquímico, foram realizados diversos estudos de impactos ambientais, sociais e econômicos.
(Agência Brasil, 28/03/06)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -