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2006-03-28
Ao parafrasear o poeta Thiago de Mello, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deu o tom do que acredita ser ideal para os próximos dois dias de reuniões do chamado Segmento de Alto Nível, aberto nesta segunda-feira (27/3), dentro da Oitava Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8). “Não temos um caminho novo. O que precisamos é de um jeito novo de caminhar”, disse diante dos ministros de Meio Ambiente de cerca de 50 países, reunidos na capital do Paraná até a próxima quarta-feira.

O Segmento de Alto Nível ocorre paralelamente às discussões protagonizadas pelos delegados dos países signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Apesar de ser muito difícil sair qualquer declaração consensual do segmento – ou mesmo da própria COP –, a ministra, como presidente da COP 8, cargo que ocupará pelos próximos dois anos, cobrou uma visão transversal de todos os países quando o assunto for meio ambiente. “Elementos como territoriedade, cultura, biodiversidade e espiritualidade devem ser sempre considerados”, afirmou.

Além de tentar, tanto no nível nacional como agora no internacional, levar o meio ambiente para o centro das decisões políticas, Marina defendeu total apoio a um tipo de mecanismo mundial que reconheça a importância dos conhecimentos tradicionais. Para isso, aproveitou a deixa e contou um caso ocorrido na selva amazônica.

“Um grupo de pesquisadores resolveu montar um acampamento à beira de um rio, mesmo alertado pelos seringueiros locais de que iria chover muito durante a noite e que eles poderiam ter problemas”, disse. Confiando em seus instrumentos meteorológicos, continuou a ministra, os pesquisadores resolveram ficar. Supreendidos no meio da noite, tiveram que subir o barranco do rio e pedir abrigo na casa dos ribeirinhos. No dia seguinte, ouviram dos locais que quando as formigas abandonam o formigueiro na beira do rio e sobem o barranco é sinal de chuva muito forte.

Para Marina Silva, o saber tradicional e o científico, juntos, poderão ajudar a encontrar um novo jeito de caminhar, um raciocínio ouvido em outras discussões em Curitiba. Se pelo menos nos discursos todos concordam que é preciso fazer algo para conter a perda da biodiversidade, novos consensos parecem distantes.

Até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após enaltecer o crescimento de uma consciência ambiental no Brasil a partir de 1992, pareceu um pouco resignado. “Nossos fracassos serão reparados por aqueles que vierem depois”, disse no encerramento do discurso feito na COP nesta segunda.
Por Eduardo Geraque, Agência FAPESP

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