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2006-03-28
A região amazônica é a maior aposta da Petrobras, a quinta maior empresa mundial de produção de combustíveis, para os próximos 80 anos. A estatal brasileira esperar começar a produzir até 2010 entre 90 e cem milhões de metros cúbicos de gás por dia em suas instalações na região. A quantidade é duas vezes maior que todo o gás transportado atualmente pelo gasoduto Brasil-Bolívia, que atinge 32 milhões de metros cúbicos de gás diariamente.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (27/03) por diretores responsáveis pelos setores ambiental e de investimentos da estatal durante a 8ª Conferência das Partes (COP8) da Convenção sobre Biodiversidade (CDB), em Curitiba. O Coordenador do Meio Ambiente e Saúde da Região Norte da Petrobrás, Nelson Cabral, explica que o petróleo produzido na Amazônia é um dos com melhor qualidade no mundo, mas o volume é pequeno. Já a reserva de gás é colossal.

Cabral explica que a Petrobrás já investiu cerca de US$ 7 bilhões para explorar o combustível nos últimos dez anos. Isso porque tanto a empresa quanto o governo brasileiro apostam que três fontes energéticas serão prioritárias para o país nas próximas décadas: gasolina, diesel e gás.

Segundo ele, o álcool é uma opção muito incerta devido às questões de produção, em especial o clima, e também ao aumento do preço do açúcar no mercado internacional nos últimos anos, o que reduz a oferta do combustível das usinas para o mercado interno.

Já as energias eólica, solar e o biocombustível são encaradas pela empresa como fontes que precisam ser pesquisadas, mas não são tidas como confiáveis. A constatação disso pode ser sentida no volume de investimentos reservado pela empresa para a pesquisa das chamadas energias não-poluentes: 0,5% do total, ou cerca de U$$ 35 milhões. Um número modesto diante da grandeza da Petrobras.

Segundo Pedro Penido Duarte Guimarães, gerente de Monitoramente da estatal, a Petrobras produz atualmente cerca de 1,8 bilhão de barris de petróleo por dia em suas 15 refinarias. Sozinha, a empresa movimenta anualmente US$ 37 bilhões e fatura Us$ 6,2 bilhões. Vários estados brasileiros, como Paraná e Rio de Janeiro, têm nos impostos pagos pela empresa uma de suas maiores fontes de arrecadação.

A atuação da empresa, entretanto, foi criticada por vários grupos indígenas e de proteção da Amazônia e da Região Norte brasileira. O índio boliviano Robert Guimarães Assucan, da etinia slupiho, diz que a empresa está devastando a floresta e que as aldeias não recebem nada pela exploração de seus recursos naturais. “O dinheiro só serve para pagar uma dívida externa do governo boliviano que não fizemos e não usufruímos. As comunidades mais pobres não se beneficiam dos recursos e por isso não querem a Petrobras devastando a floresta”, afirmou.
Por Valdeci Lizarte, Assessoria de Imprensa COP8/MOP3

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