A Aracruz Celulose, foi uma das primeiras empresas transnacionais que aderiram à questão ambiental, antes mesmo da Eco-92. A Aracruz é a maior produtora do mundo de celulose de eucalipto branqueada, com uma produção anual de 1,3 milhão de toneladas, e seus 220 mil hectares de plantações de eucalipto. Atualmente, ela almeja incrementar sua capacidade de produção de celulose para 2 milhões de toneladas por ano. Segundo a própria Aracruz, a empresa tem, em sua folha de pagamento 1.689 empregados, incluídas as filiais internacionais, a Aracruz Produtos de Madeira e a Portocel. Além da mão-de-obra própria, existem 2.954 trabalhadores permanentes, contratados por terceiros, o que dá um total de 4.643 postos de trabalho diretos. Assim como é trunfo na briga de mercado, o tamanho da empresa também causa problemas. Enidades ambientais e sindicais, dizem que houve uma redução no emprego rural existente, por causa da compra de terras pela Aracruz e o seu plantio com eucalipto. Além disso, os impactos ambientais, causados tanto pelas plantações quanto pela produção de celulose, agravaram os impactos na população local, como acontece com as comunidades de pescadores, que se defrontam com a quase extinção dos peixes, provocada pelas atividades da Aracruz. Esses problemas, além de outros determinaram o incremento da oposição organizada, que, inclusive, resultou na aprovação recente de uma lei, por parte da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, onde fica a principal fábrica da Aracruz - vetada, logo depois, pelo Governador - proibindo novas plantações de árvores, para a produção de celulose, até ser realizado o mapeamento agroecológico do Estado. A idéia era estabelecer normas sobre onde se pode plantar essa espécie, mas, agora a Assembléia Legislativa deverá decidir se mantém ou revoga o veto.