(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-03-28
Como ecossistema, a situação da mata de araucárias da região Sul do Brasil é indiscutivelmente calamitosa. Mas um estudo feito por uma pesquisadora brasileira na Universidade de Reading (Reino Unido) sugere que a árvore-símbolo da mata consegue manter parte de sua diversidade genética mesmo quando é isolada em bolsões de poucos indivíduos.

A agrônoma paranaense Juliana Bittencourt, 31, estudou o DNA das sementes de araucária (Araucaria angustifolia) em três situações. Na primeira, as árvores faziam parte de um grande fragmento de mata, com cerca de 4.000 hectares, numa reserva indígena. Na segunda, estavam em pequenos fragmentos, de poucas dezenas de hectares. E, na ponta mais modesta do espectro, plantas que estavam em "ilhas" de quatro ou cinco indivíduos, ou mesmo de uma árvore só.

Aliás, o que o estudo parece ter demonstrado é que esse isolamento completo pode ser ilusório. Por meio dos chamados microssatélites, regiões repetitivas das "letras" químicas do DNA que variam de forma clara de um indivíduo para outro, Bittencourt pode realizar uma bateria de "testes de paternidade" para as sementes. E descobriu que, em 75% dos casos, as árvores isoladas estavam "tendo filhos" com plantas a quilômetros de distância.

Isso é possível porque o pólen das araucárias viaja pelo vento. "Embora elas não estejam ligadas fisicamente, existe uma conectividade funcional entre elas", disse a pesquisadora à Folha. Ela chegou a flagrar casos em que o pólen cruzou cinco quilômetros.

O achado é importante porque o grande temor em relação às espécies que habitam uma paisagem retalhada é a perda de diversidade genética, já que só seriam capazes de se reproduzir dentro de um espaço exíguo, com parentes próximos. As araucárias, por enquanto, parecem estar escapando desse destino.
(Folha de S.Paulo, 27/03/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -