ECOGRAPH E RECICLATO REPRESENTAM PARCELA INEXPRESSIVA DA PRODUÇÃO
2001-09-27
O papel Reciclato da Suzano, ainda não conseguiu atingir sua venda inicial estimada de 300 toneladas por mês. Mesmo quando chegar a esse número, a quantidade não representará nem 1% da produção da Suzano. - Como ainda é um produto recente, o Reciclato ainda não tem grande representatividade, admite o Gerente de Desenvolvimento de Novos Produtos da Suzano, Paulo Sodré. Os consumidores ainda são poucos: empresas que buscam ISO 14000, ONGs, escolas e, agora, compradores fortes como a Tilibra e a empresa que emite a conta de luz em São Paulo. O mesmo ocorre com o Ecograph, da Klabin Riocell, que corresponde a uma parcela inexpressiva da produção da companhia: 40 toneladas por mês, ou seja, apenas 480 das 43.000 toneladas produzidas pela fábrica de Guaíba durante o ano são de papel ecológico Ecograph. O principal cliente é a Prefeitura de Porto Alegre. Segundo Josué da Silva Vargas, da Unidade de Papel da Riocell, um dos fatores que prejudicam o consumo do Ecograph é alto custo do produto, já que não há produção em escala pela falta de demanda. - Existe um preconceito contra papel reciclado. Poucas pessoas e empresas compram. Com essas propagandas dizendo que papel bom é o bem branquinho o quadro não vai mudar, lamenta. O Gerente da Suzano, Paulo Sodré, concorda em linhas gerais, reclamando da falta de entendimento da população. - É necessário que as pessoas se conscientizem para que o consumo deste tipo de papel aumente em grande escala. Não só pelo consumo, mas também pela separação de aparas, que, muitas vezes, vão direto para aterros sanitários, denuncia. Outro aspecto significativo é que parte da renda obtida com a venda do Reciclato será destinada a projetos sociais e ambientais do Instituto Ecofuturo, organização não governamental criada pela Suzano para promover o desenvolvimento sustentável no Brasil. A empresa também destina 2% das vendas ao projeto Ecofuturo.