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2006-03-28
Em se tratando de meio ambiente, nada pode ser olhado de forma isolada. Apesar de em Curitiba estar sendo realizada a Oitava Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8), outro documento internacional, o Protocolo de Kyoto, acordado em 1997 no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, é constantemente citado pelos participantes.

“Mas o Protocolo de Kyoto trata apenas da questão dos combustíveis fósseis, ele não está voltado para a questão da derrubada da floresta tropical. E é claro que tudo isso também está relacionado com a perda da biodiversidade na Amazônia, por exemplo”, disse Paulo Moutinho, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), à Agência FAPESP.

Moutinho, ao lado de membros do Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), defendeu na COP 8 um novo modelo internacional para a obtenção de recursos para a preservação ambiental e, no âmbito nacional, um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia.

Estudo que acaba de ser publicado pela revista Nature estima que 40% da floresta brasileira poderá sumir até 2050, se continuar o ritmo de ocupação atual.

“O desenvolvimento amazônico hoje de sustentável não tem nada. Esse mesmo trabalho mostrou que se houver um sistema de governança diferente, que leve em consideração a floresta em pé e não a trate como barreira ao desenvolvimento, a situação da Amazônia em 2050 não será catastrófica do ponto de vista ambiental”, conta Moutinho.

De acordo com o representante do Ipam, o Brasil deveria defender um sistema mais eficiente para que recursos internacionais, originários dos países mais ricos, possam ser obtidos para a preservação da floresta. Uma alternativa seria a utilização de mecanismos de comercialização de créditos de carbono.

“Claro que tanto o caboclo como o fazendeiro querem derrubar árvores para entrar no ritmo de desenvolvimento imediatamente”, diz Moutinho, que afirma que somente com dinheiro será possível manter a biodiversidade preservada. “Por isso, não adianta criar um fundo com conotação de esmola, que não vai funcionar”, afirma. Um sistema mais racional, segundo o pesquisador, deveria transformar as taxas nacionais de redução de desmatamento em valores. Por meio dessas cifras, os países seriam recompensados.

A expectativa de Moutinho é que o Brasil coloque essa preocupação no documento a ser enviado ao secretariado da Convenção sobre Mudança do Clima até o dia 31 de março.

O texto deve ser finalizado em Curitiba, durante a COP 8, que também termina esta semana. O assunto mudanças climáticas e biodiversidade será discutido outra vez na Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 12), em 2007.
(Agência FAPESP, 27/03/06)

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