RIOCELL TERÁ 100% DA PRODUÇÃO LIVRE DE CLORO ELEMENTAR A PARTIR DE 2002
2001-09-27
A partir de 2002, toda a produção de papel da unidade de Guaíba da Klabin Riocell será livre de cloro elementar (Cl2). A fábrica utilizará oxigênio (O2), dióxido de cloro (ClO2), ácido sulfúrico (H2SO4) e peróxido de hidrogênio (H2O2) para o branqueamento do papel. Atualmente, 50% do papel da Riocell é ECF. A outra metade utiliza uma proporção de 30% de cloro elementar (Cl2) e 70% de dióxido de cloro (ClO2). A mudança será efetivada quando estiverem prontas as obras do Projeto Riocell 2000, que vai modernizar e ampliar a capacidade da fábrica da região metropolitana de Porto Alegre (destaque-se a nova Caldeira de Recuperação). A Licença de Instalação expira no final de janeiro do ano que vem, época em que os trabalhos devem ser finalizados. Após a transformação, a fábrica produzirá 370.000 toneladas de celulose Air Dry (tAD = 10% de umidade) - contra as 300.000 atuais. A maior parte é exportada. O resto garante as 43.000 toneladas de papel feitas na fábrica por ano. Apesar do aumento da produção, o volume de efluentes - 40 m3 por tonelada de celulose - deve cair para 32 m3 por tonelada. Ou seja, em 2001 serão 12 milhões de m3 de efluentes, contra 11,84 milhões de m3 projetados para 2002. Em relação aos organoclorados, a Riocell tem permissão para lançamento de 0,2 kg por tAD, o que equivale a 60 toneladas por ano. Entretanto, a Gerente de Qualidade, Segurança e Meio Ambiente da Riocell, Rosane Borges, garante que o valor máximo lançado atualmente é de 0,13 kg/tAD, e que, desta forma, a empresa está despejando 39 toneladas de organoclorados no Rio Guaíba em 2001. - Os índices de dioxinas encontradas em nossos efluentes, são similares ao de Estações de Tratamento de Água (ETA) em Porto Alegre, garante a Gerente de Meio Ambiente. Com o Projeto Riocell 2000, a situação deve melhorar ainda mais, pois o valor esperado de lançamento é de 0,08kg/tAD, em virtude das modificações na seqüência de branqueamento. Como a produção alcançará 370.000 tAD/ano, o lançamento de organoclorados será de, aproximadamente, 30 toneladas por ano. - Com relação às dioxinas, os valores futuros deverão estar próximos a não detectáveis, projeta Rosane.