Relações entre poluição e saúde serão avaliadas em Canoas
2006-03-28
Os dados sobre a qualidade do ar em Canoas agora podem ser confrontados com as
informações sobre a saúde da população. Os 22 computadores repassados na
quinta-feira, 23, à Secretaria Municipal de Saúde pelo Centro Estadual de
Vigilância em Saúde (Cevs) serão distribuídos entre postos e hospitais e farão
a coleta de informações sobre o atendimento de pacientes. “Ao comparar esses
dados com o monitoramento do ar já realizados pela Fundação Estadual de Proteção
Ambiental (Fepam), teremos condições de avaliar os efeitos da poluição e a sua
relação com as doenças respiratórias”, explica o diretor do Cevs, Francisco Paz.
Segundo ele, os primeiros resultados devem surgir a médio e longo prazos, pois
será necessário um período de observação das variáveis e dos efeitos sazonais.
Esse trabalho compõe o Projeto Vigiar (Vigilância Ambiental em Saúde Relacionado
à Qualidade do Ar), do Ministério da Saúde. Em todo o País, seis estados foram
escolhidos para a criação de projetos-pilotos de acompanhamento do impacto
atmosférico à saúde humana e Canoas representa o RS nesta fase. De acordo com
Paz, o município foi escolhido por já possuir um sistema de acompanhamento do
qualidade do ar e apresentar índices significativos de doenças relacionadas à
poluição atmosférica.
No dia 15 deste mês a estação de monitoramento de ar da Fepam, localizada no
Parque Universitário, em Canoas, registrou o índice 101, ficando na categoria
de qualidade do ar considerada inadequada, que vai de 101 a 200. No dia
seguinte, no entanto, o índice recuou para 85 e voltou ao padrão julgado como
regular. O principal poluente medido nessa estação é o ozônio, um gás incolor e
sem odor que pode causar irritação nos olhos e vias respiratórias.
(Diário
de Canoas, 27/03/06)