(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-03-27
A proliferação de mexilhões dourados continua a atrapalhar a captação de água no Arroio das Garças, em Canoas. Na manhã de sábado, 18, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) retirou das bombas de captação e da tubulação de entrada cerca de 200 quilos do molusco. O diretor de Operações da empresa, Jorge Accorsi, explica que o procedimento vem sendo realizado a cada seis meses desde que o problema com esses animais se intensificou, no verão de 2004. O engenheiro canadense John Levie, que esteve no Estado fazendo palestras sobre o assunto, acompanhou o trabalho.

Esses problemas com o mexilhão dourado devem continuar. O doutorando em Recursos Hídricos pela UFRGS Daniel Pereira revela que a espécie já se transformou numa praga. Ele faz parte da equipe da pesquisadora da PUCRS Maria Cristina Mansur, que pela primeira vez detectou o molusco no Rio Guaíba, em 1999, e vem se dedicando ao estudo do animal, formas de controle e os efeitos de sua presença na região.

SEM PREDADORES - De acordo com Pereira, a principal hipótese é de que o animal foi trazido da Ásia através de embarcações que por aqui despejam suas águas de lastro, utilizadas para dar estabilidade aos navios quando tem pouca carga ou estão descarregados. “Por ser estranho nesse ecossistema e não ter evoluído com as outras espécies daqui, o mexilhão não encontra predadores e se reproduz de forma descontrolada”, explica Pereira.

O molusco pode medir em geral de um a três centímetros e não serve para alimentação humana. Para sobreviver, eles procuram se fixar em qualquer superfície sólida e se alimentam pela filtragem de microrganismos e algas presentes na água. A aglomeração causa a formação de blocos espessos que podem interferir no fluxo de captação de água, se infiltrar em plantas industriais e até atrapalhar a irrigação de lavouras. Além de afetar instalações como essas, o mexilhão tem causado um desequilíbrio no ambiente natural. “A paisagem dos juncais, em geral nas margens do Guaíba, está diminuindo por causa dos mexilhões”, exemplifica Pereira.

Para contornar os problemas com a praga, Pereira ressalta que “não existem soluções mágicas, prontas e únicas. Qualquer ação depende de muitas pesquisas e se concentra num setor específico.” No grupo de estudos em que participa, estão sendo estudadas formas de controle mexilhão dourado através do uso de substâncias químicas na água, além do monitoramento da espécie dentro do Rio Guaíba. Ações de prevenção contra a proliferação do molusco também deveriam ser promovidas, pois ele tem se espalhado pelos rios do Estado através dos cascos das embarcações.
(Diário de Canoas, 24/03/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -