Preservação - ONGs lançam projeto pela Extinção Zero
2006-03-27
Organizações não-governamentais aguardavam sabado (25) a adesão do Ministério do Meio Ambiente a uma nova iniciativa de preservação da biodiversidade. A Aliança Brasileira pela Extinção Zero já conta com 25 entidades, sob a coordenação da Fundação Biodiversitas. A proposta é organizar os esforços de conservação, de modo que todas trabalhem com uma meta comum. "A idéia é criar uma convergência, para que os esforços não sejam diluídos e tenhamos como medir o sucesso", disse Gláucia Drummond, da Biodiversitas. O foco será nas espécies mais ameaçadas, que ocorrem em áreas muito restritas.
Na verdade, como contribuição a esse esforço global, a UE colocou a si mesma um objetivo ainda mais exigente: interromper o declínio da biodiversidade na União Européia até 2010.
O que é preciso conseguir em Curitiba? Primeiro, devemos avançar na criação de áreas protegidas. Esse é um dos principais instrumentos que temos para preservar a biodiversidade. O Brasil tem muito a mostrar ao mundo a esse respeito. Nós, europeus, tomamos conhecimento, com grande interesse, do tamanho da área da floresta amazônica recentemente colocada sob proteção pelo presidente Lula, bem como pela forma com que fontes alternativas de renda estão sendo geradas para financiar a conservação. Uma boa ilustração disso é o uso das taxas turísticas para manter o parque nacional em Fernando de Noronha, classificado como patrimônio mundial da humanidade.
A UE também é muito ativa no campo das áreas protegidas. Nossa rede européia de áreas protegidas terrestres e marinhas, chamada Natura 2000, é a maior rede desse tipo no mundo. Ela inclui 20 mil unidades e, quando estiver completa, cobrirá 18% do território dos nossos 25 países-membros.
(O Estado de S. Paulo, 26/03/06)