BID PREPARA CONTRATO DE US$ 244 MILHÕES PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DO ACRE
2001-09-26
O governador Jorge Viana e a senadora Marina Silva (PT-AC) estiveram em audiência com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Enrique Iglesias, em Washington acertando os detalhes finais do início da liberação, até o final deste ano, do financiamento no valor de US$ 244 milhões, que está sendo pleiteado para a consolidação da infra-estrutura necessária ao crescimento econômico e social do Acre. Já aprovado pelo governo brasileiro e pelo Comitê de Empréstimo do BID, a primeira parcela do financiamento, da ordem de US$ 132 milhões, será usada para asfaltar 100 km da BR-364, entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, adquirir 90 equipamentos pesados para preparar a infra-estrutura ao desenvolvimento da área rural dos 22 municípios acreanos e para o estado dispor de tecnologia visando a geração de emprego a partir do aproveitamento de seus recursos naturais. Segundo o governador Jorge Viana, o empréstimo do BID se destina a financiar um projeto completo que vai institucionalizar, num prazo de cinco anos, a política de desenvolvimento sustentável. O governador classificou o encontro com o presidente do BID como muito significativo porque o último financiamento externo conseguido pelo Acre ocorreu no início da década de 80. Depois disso, o estado entrou numa crise quase permanente, da qual está saindo só agora. Viana ressaltou que seu governo está trabalhando neste projeto com o BID há dois anos, ouvindo toda a comunidade do Acre em todos os municípios. Além disso, o estado já recebeu quatro missões do BID para tratar do financiamento. - A possibilidade de liberação dos recursos até o final deste ano ou início de 2002 é concreta, assegura. - Essa definição deu-se num recorde graças à boa relação que a gente tem com o presidente Fernando Henrique Cardoso, com o ministro do Planejamento Martus Tavares, disse o governador. Segundo ele, o Acre conseguiu entrar numa excepcionalidade junto ao BID. Esse projeto foi feito a partir de uma exceção, uma vez que esse tipo de projeto estava parado. Segundo Viana esse é o único projeto encaminhado e aprovado dentro do Banco, junto aos comitês do Banco, nesses dois anos.