Caçadores e manifestantes estão se encaminhando para o Golfo de St Lawrence, no leste do Canadá, para a caça anual de focas arpa. A caça controvertida, que vira manchete todos os anos, vai matar a pauladas 335 mil focas neste ano. Entre os defensores dos direitos dos animais, Brigitte Bardot estará na região pela segunda vez. Na primeira visita da atriz ao local da matança das focas, em 1977, a publicidade praticamente acabou com a prática e ficou proibida a caça de filhotes pequenos. Bardot queria encontrar-se com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, para protestar contra o que ela chamou de "massacre", mas ele não aceitou.
Trabalho e dinheiro
O governo canadense defende a matança como uma tradição com centenas de anos, que rende US$ 16,5 milhões de dólares canadenses (R$ 30,4 milhões) por ano para os caçadores em vendas de carne e peles. E também como controle populacional das seis milhões de focas arpa que existem no país. O triplo do número que existia em 1970, de acordo com o primeiro-ministro. As focas arpa podem ser legalmente caçadas quando perdem a capa branca, por volta das duas semanas de idade. Ativistas estão pedindo para cadeias de restaurante americanas boicotarem frutos do mar canadenses e vários protestos ao redor do mundo estão sendo planejados.
(Efe / Estadao.com.br, 23/03/2006)