CIENTISTA NORTE-AMERICANO CRIA MOSQUITO RESISTENTE À MALÁRIA
2001-09-26
Avanços relatados no Terceiro Congresso Internacional de Ecologia de Vetores (organismos que transmitem parasitas para outros seres vivos), realizado em Barcelona, na Espanha, podem contribuir para erradicar a malária, doença que mata mais de 1 milhão de pessoas todos os anos. A intenção é substituir as populações atuais de mosquitos por outras que sejam incapazes de produzir a doença. No ano passado, pesquisadores do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, em Heidelberg (Alemanha), anunciaram a modificação genética do Anopheles stephensi, uma espécie de mosquito que transmite a malária na Índia (no Brasil, há 12 espécies conhecidas de mosquitos anofelinos). Agora, uma equipe liderada por Marcelo Jacobs-Lorena, especialista em biologia molecular de insetos em Case Western Reserve University, em Cleveland (Ohio, EUA), introduziu na mesma espécie um gene capaz de provocar tal resistência. Além disso, Mark Benedict, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, em Atlanta, anunciou, também no encontro de Barcelona, a criação do primeiro mosquito transgênico da espécie Anopheles gambiae, o vetor mais comum da malária na África. (FSP/A10, 25/09)