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2006-03-24
O temor de uma crise energética no Rio Grande do Sul se aproxima com força. Fatos como a crise de abastecimento de gás natural e as freqüentes estiagens que ameaçam as hidrelétricas, expoentes da economia gaúcha, estão tornando as termelétricas, ao que tudo indica, a grande alternativa do mercado para o abastecimento do estado.

De acordo com o secretário estadual de Minas, Energia e Comunicações, Valdir Andres, o Rio Grande do Sul terá realizado o sonho da auto-suficiência energética em 2010. Para isso, o apoio das usinas a carvão será imprescindível. Atualmente, o combustível fóssil em questão ocupa 12,4% da matriz gaúcha, enquanto que as hidrelétricas são 67,8%. Se mantidas as projeções, a participação do carvão subirá para 23%.

A aposta nas termelétricas ganha força com o volume de carvão que o Estado dispõe. De 32,6 bilhões de toneladas existentes no território brasileiro, 89% está em solo gaúcho, esmagadoras 28,8 bilhões de toneladas. “Em sua história, o Rio Grande do Sul apresenta uma vocação para o carvão”, afirma um dos representantes do projeto de Seival, Roberto Faria.

No “pacote” de benefícios anunciados pelos empreendedores estão a geração de empregos e programas de capacitação profissional, que pretende fixar o trabalhador em sua própria região. Outra vantagem reside no desenvolvimento e na transferência de tecnologias no ramo, o que pode tornar o Brasil um exportador de equipamentos.

Ambiente ainda é polêmica
Coalizão Carvão Não articulado por ONGs ambientalistas, o setor quer provar que, por meio de novas tecnologias, os impactos ao meio ambiente são menores. “O carvão tem hoje a queima limpa, não tem nenhuma agressão. Estamos prontos para mostrar”, ressaltou Andres, durante o Fórum de Energia, encerrado nesta quinta-feira (23/03), em Porto Alegre.

“Obedecemos padrões não só da Fepam [Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente] e do Conama [Conselho Nacional do Meio Ambiente], mas até mesmo de órgãos internacionais, como o BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] e o Banco Mundial”, sustenta o engenheiro Pedro Dias, da Camargo Côrrea, uma das empreendedoras da CTSul. “Dessa forma, sabemos que nunca teremos problemas e não agredimos o espaço”, completa.

Já Káthia Vasconcellos, do Núcleo Amigos da Terra (NAT), acredita que a questão ambiental ainda não leva a importância que merece. ”Percebemos que a situação vem apresentando mudanças, mas sentimos falta de outra visão. Esse é um diálogo em que o setor fala para o próprio setor. Ainda há uma forte tendência em pensar no ambiente como um empecilho”, lamenta.

A ambientalista lembra que há avanços com relação a fontes alternativas, mas acontecem de maneira muito lenta nas discussões sobre o futuro energético do estado. “Temos agora o Parque Eólico de Osório, uma vitória, mas ainda não se pensa nisso como uma alternativa de fato”, critica.

Faria entende que a visão dos ecologistas, muitas vezes, não leva em conta o aspecto econômico. “Não há como comparar a viabilidade financeira de uma termelétrica com a de uma eólica, em que só o fator da dependência do vento já é um problema a ser pensado”, ressalta. O especialista também chama a atenção para tecnologias limpas adotadas no Brasil, que em nada perdem para países do Primeiro Mundo, como Japão e Alemanha.

O leilão da Aneel, a ser realizado em 12 de junho, pode viabilizar as usinas CTSul (650 MW), em Cachoeira do Sul, e Seival (500), em Candiota. A expectativa é de que os empreeendimentos se juntem a Candiota III (350) e Jacuí I (350), com a energia contratada desde dezembro do ano passado, e a Charqueadas (72), Candiota I (126), Candiota II (320), São Jerônimo (20), todas já em funcionamento.
Por Patrícia Benvenuti

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