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2006-03-24
O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, anunciou, na quinta-feira (23/03), que o Rio Grande do Sul será auto-suficiente na produção de energia elétrica em 2010. “Com a entrada de novas usinas hídricas, térmicas e eólicas, o Estado atingirá, finalmente, o sonho de muitos anos, qual seja, de produzir toda a energia consumida pelos gaúchos”, afirmou Andres, na abertura do “Fórum de Energia”, no Tribunal de Contas, em Porto Alegre. Hoje, o Rio Grande do Sul ainda importa 38% da energia consumida. A geração térmica a carvão será responsável pelo maior crescimento na capacidade instalada do Estado – passará de 13% para 30%. A geração hídrica cairá de 63% para 49%, o gás passará de 19% para 14%, o óleo de 2% para 1% e as fontes alternativas de energia crescerão de 3% para 6% na matriz energética gaúcha.

Os representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) ratificaram a previsão do secretário. E ainda foram mais otimistas. O diretor de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda Farias, disse que o Estado deve se tornar, além de auto-suficiente, exportador de energia em 2010. “Isso mudará completamente a realidade do abastecimento de energia dos gaúchos, hoje ainda bastante dependente da região Sudeste”, declarou.

Transferência de energia
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, que também corroborou o alcance da auto-suficiência gaúcha na produção de energia elétrica para 2010, informou que a região Sul receberá mais 700 MW a partir de sábado (25) do submercado Sudeste/Centro-Oeste. Desde quarta-feira (22), a região passou a receber 400 MW, com o objetivo de aproveitar o vertimento dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste e economizar água no Sul. “A medida é preventiva, não há nenhum risco de ocorrer qualquer problema de abastecimento aos três estados sulistas”, garantiu Chipp. Com o aumento no intercâmbio de energia, a transferência Sudeste/Centro-Oeste para o Sul atinge o limite atual de 4.100 MW, representando uma economia de 5% por mês nos reservatórios de água da região. Atualmente, o Sul possui armazenagem de 52%. No ano passado, neste mesmo período, o nível era de 34%, uma situação bastante crítica.

Chipp ainda disse que a geração térmica no Estado está em 1.025 MW. “Isto significa um acréscimo de R$ 9 milhões/mensais nos encargos do sistema, que compõe a tarifa de energia elétrica”, revela. Conforme o diretor do ONS, este valor incidirá no bolso dos consumidores. “Mas o repasse é mínimo, na ordem de uma casa decimal”, tranqüiliza. A geração térmica plena nos meses do verão seguirá até 2008, quando entrará em atividade a Linha de Transmissão Campos Novos/Nova Santa Rita, de 500 kV. “Esta linha baixará a geração térmica para 700 MW no verão de 2008”, informa Chipp.

Usinas térmicas Seival e CT Sul devem sair do papel no leilão de junho
Dois novos projetos termelétricos gaúchos estão muito perto de saírem do papel e virarem realidade. As usinas Seival (500), em Candiota, e a CTSul (650 MW), em Cachoeira do Sul, foram apontadas pelos dois palestrantes – Hermes Chipp, diretor do ONS, e José Carlos de Miranda Farias, da EPE – do governo federal, no Fórum de Energia, como a melhor aposta do setor para serem aproveitados no segundo leilão de energia nova, marcado para 12 de junho. “Definitivamente, chegou a vez do carvão gaúcho garantir o espaço que merece na matriz energética brasileira”, afirmou o secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres.

Miranda explicou que o leilão de junho é destinado aos projetos com prazo de conclusão em três anos. O outro leilão, que acontecerá entre julho e agosto, dará um prazo maior aos investidores, de cinco anos. “Com estes prazos, é natural que as usinas térmicas prevaleçam sobre as hídricas no leilão de junho”, argumentou. “A nossa expectativa é que os projetos Seival e CT Sul sejam sim vitoriosos no leilão”, declarou Chipp.

Seival, da Copelmi, possui recursos garantidos na ordem de US$ 830 milhões, numa parceria da Construtora Andrade Gutierrez e da empresa americana MDU Resources. A CTSul, da Celetro, terá US$ 892 milhões de investimento da China National Machinery & Equipament Import & Export Corporation (CMEC), que inclusive já contratou a empresa Camargo Corrêa para fazer a construção da usina. “A participação do Rio Grande do Sul no primeiro leilão de energia foi um sucesso, com a viabilização das usinas Jacuí e Candiota, que estavam há mais de 15 anos paralisadas. Esperamos repetir a performance no segundo leilão”, salientou Andres.

SAIBA MAIS
No primeiro leilão de energia nova, realizado em dezembro do ano passado, as usinas termelétricas a carvão mineral Candiota 3 e Jacuí 1 garantiram a venda da energia produzida pelos próximos 15 anos, com investimento de R$ 2 bilhões. Candiota 3 teve 294 MW de energia contratada, o que reverterá em R$ 331,2 milhões/ano de receita fixa. Jacuí 1 teve 254 MW de energia contratada, com R$ 289,2 milhões/ano de receita fixa.

O leilão ainda contratou a energia produzida de duas novas usinas hidrelétricas na região das Missões. A Eletrosul ganhou a concessão da usina Passo São João e a Alusa Engenharia ficou com a concessão da usina São José. A Passo São João teve 37 MW de energia contratada, a R$ 112,5 o MW/h. A São José teve 30 MW de energia contratada, a um valor de R$ 115,8 o MW/h. Também no Rio Grande do Sul, as três usinas do Com-plexo Ceran tiveram sua energia contratada. Monte Claro teve 12 MW de energia contra-tada, Castro Alves 13 MW e 14 de Julho, 10 MW, todas ao valor de R$ 129 o MW/h.
(Informações da Secretaria de Minas, Energia e Comunicações, 23/03/06)

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