"Temos ferramentas para uma boa gestão da água, mas ainda falta muita infra-estrutura". O diagnóstico é do diretor-presidente da ANA (Agência Nacional das Águas), José Machado, dado em entrevista à Folha Online nesta quarta-feira, dia mundial da água.

Os instrumentos aos quais Machado se refere são a legislação brasileira e o Plano Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, lançado no início deste mês.

O plano estabelece metas como a redução de disparidades entre o abastecimento das regiões do país e o melhor uso do potencial hídrico do Brasil, que segundo a agência, possui 12% da reserva de água potável do mundo.

"Demos um salto grande nos últimos anos, mas ainda há muita lição de casa para fazer", afirma Machado. "De modo geral, o acesso à água na cidade é bom, mas há casos como o de Manaus, que a cidade fica ao lado do maior volume de água do mundo e o abastecimento é deficiente", afirma o diretor da agência.

Investimentos - Para Machado, o investimento ideal em saneamento básico e gestão de recursos hídricos seria de R$ 5 bilhões por ano. "Atualmente, o investimento é de um quinto disso", diz o presidente da ANA.
(Folha Online, 22/03/06)