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2006-03-23
Os impactos ambientais da exploração de petróleo e de gás natural não se restringem aos derrames de óleo. A conclusão está na segunda edição da revista Megadiversidade, da organização ambientalista Conservação Internacional (CI), que será lançada hoje (23/03) na 8ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8), em Pinhais (PR).

O estudo Avaliação de Impactos da Exploração e Produção de Hidrocarbonetos no Banco dos Abrolhos, no sul da Bahia, tenta prever possíveis conseqüências da exploração de petróleo não apenas para a vida marinha, mas também para atividades essenciais à economia, como turismo e pesca. O documento apresenta, ainda, uma proposta para que áreas ecologicamente sensíveis fiquem de fora da exploração de petróleo na região.

O estudo também toca na possibilidade de impactos para a atividade turística, fonte de renda de parcela significativa da população local. Mais de 90% dos turistas que freqüentam o sul da Bahia buscam atrativos naturais. A alteração da paisagem pela instalação de estruturas da indústria do petróleo e gás, ou mesmo um cenário crítico ocasionado por um incidente de derramamento de óleo, podem descaracterizar o principal objeto motivador do fluxo turístico na região, trazendo conseqüências econômicas e sociais indesejáveis.

O trabalho foi produzido com apoio do Instituto Baleia Jubarte, da Sociedade Brasileira de Estudos dos Recifes de Coral (Corallus), do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), da BirdLife International, da Fundação SOS Mata Atlântica, além de outros institutos de pesquisa e universidades.

O ponto de partida do estudo se deu em 2002, quando a Agência Nacional de Petróleo (ANP) anunciou para a 5ª Rodada de Licitações de Exploração de Petróleo 1.070 blocos na costa brasileira, dos quais 243 estavam localizados sobre áreas de recifes de corais, bancos de algas e manguezais na região de Abrolhos.

A pesquisa surgiu da mobilização de vários ambientalistas e pesquisadores, preocupados com as implicações da exploração de óleo e gás natural para os ecossistemas marinhos de Abrolhos. “Esses ecossistemas são extremamente ricos e frágeis. Precisam ser preservados de atividades potencialmente destrutivas” afirma Guilherme Dutra, diretor do Programa Marinho da CI. No início da pesquisa de jazidas de petróleo e gás natural ocorrem levantamentos sísmicos, que emitem pulsos sonoros de 180 decibéis a cada 6 segundos, por canhões de ar comprimido. O objetivo é mapear o subsolo marinho.

Efeitos sobre baleias e golfinhos
Segundo Márcia Engels, diretora do Instituto Baleia Jubarte, que trabalha em Abrolhos há treze anos, “existe uma discussão mundial sobre possíveis efeitos físicos, sensoriais e comportamentais destes testes sobre baleias e golfinhos. Isso é particularmente preocupante na região, que é o principal berçário das baleias jubarte de todo o Atlântico Sul Ocidental”, disse.

Conforme a pesquisadora, é necessário compatibilizar a atividade petrolífera, de importância econômica para o País, com a conservação ambiental. “Buscamos subsidiar cientificamente o zoneamento de áreas marinhas protegidas com esta finalidade”, explicou.

As fases seguintes da exploração – que vão da perfuração à produção, escoamento e desativação - também podem desencadear impactos sobre a fauna e a flora marinha, porque resultam no descarte de fluidos de perfuração e cascalhos saturados de diferentes substâncias, incluindo compostos tóxicos e metais pesados. A água utilizada na produção de petróleo e as substâncias tóxicas usadas na manutenção dos dutos de escoamento também são liberadas no meio ambiente, além de o processo industrial emitir poluentes.
Por Jaime Gesisky, Assessoria de Imprensa COP8/MOP3

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