Industriais brasileiros se reuniram ontem (22/03) com Nicholas Bertrand, coordenador do Programa de Negócios e Biodiversidade da CDB, para discutir a participação do setor industrial nas decisões das conferências sobre biodiversidade e os mecanismos para sua implementação.

A empresa brasileira de mineração e siderurgia Vale do Rio Doce será a interlocutora das decisões da COP e MOP com o setor produtivo. Em maio passado, representantes da siderúrgica, da companhia de cosméticos Natura e da ONU se encontraram em Londres para debater o assunto. “Os interesses do setor produtivo não são conflitantes com a proteção do meio ambiente e da biodiversidade”, garantiu o diretor de Gestão Ambiental da Vale, Maurício Reis.

Ele defendeu que empresas que não estiverem preocupadas com a preservação e o respeito à natureza tendem a perder espaço no mercado. Isso graças à conscientização dos consumidores, cada vez mais exigentes e vigilantes. “É muito mais barato fazer a coisa certa do que corrigir o erro depois. Por isso, o desafio das empresas é ter uma atitude criteriosa de controle, inclusive dos seus fornecedores”, disse.

Reis também adiantou que o primeiro passo da Vale para a implementação das decisões das conferências será compartilhar pesquisas e propagar o conhecimento de preservação ambiental desenvolvidos pela siderúrgica. “O conhecimento científico dever nortear os investimentos e a variável fundamental é a preservação do meio ambiente”, defendeu.
Por Valdeci Lizarte, Assessoria de Imprensa COP8/MOP3