A Rússia vai construir novas centrais nucleares na China, anunciou na terça-feira (21/03) em Pequim o Presidente russo, Vladimir Putin, em visita oficial à China, citado pela agência noticiosa russa Interfax. Putin afirmou que a cooperação entre os dois países em matéria de energia não se limita à venda de petróleo e de gás, apesar de ter anunciado na terça a construção de dois gasodutos entre a Sibéria e a China, que começarão a funcionar dentro de cinco anos, cada infraestrutura com uma capacidade máxima de 40 mil milhões de metros cúbicos por ano.

"A cooperação com a China compreende igualmente a venda de equipamentos energéticos, incluindo a energia nuclear e a nossa participação na criação de novas capacidades nucleares chinesas", disse Putin à imprensa russa. A China é um dos maiores compradores de petróleo da Rússia, mas Moscovo quer equilibrar a estrutura das exportações russas, que considera estar demasiado dependente da venda de petróleo e outras matérias-primas. As exportações russas asseguram 8 por cento dos recursos energéticos de que a China necessita.

A China, o segundo maior consumidor mundial de petróleo depois dos Estados Unidos, consumiu 318 milhões de toneladas de petróleo em 2005, um valor que, em 2006, deverá aumentar entre 5,4 e 7 por cento, segundo estimativas oficiais. A China depende do carvão e do petróleo para assegurar 90 por cento das necessidades energéticas.
(Diário Digital/Lusa, 21/03/06)
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