Portugal quer ajuda extra da União Européia ao setor avícola
2006-03-21
Portugal pediu na segunda-feira (20/03) à Comissão Européia que conceda ajudas "excepcionais" ao setor avícola devido à redução de 20% a 30% no consumo por causa da gripe aviária. Segundo o secretário da Agricultura e Pesca português, Luís Vieira — que representa o país na reunião de ministros da Agricultura da UE (União Européia) — tanto Portugal quando outros países-membros avançaram com propostas concretas depois da abertura demonstrada por Bruxelas para apoiar o setor.
Estas medidas podem incluir apoio à armazenagem e à redução da produção, uma campanha de informação para esclarecer os consumidores sobre as formas de contágio da doença, além de compensações à eliminação dos estoques e aos produtores com dificuldades em escoar a produção. Vieira também propôs que, caso haja uma crise prolongada, a UE ajude na manutenção das unidades de abate e no desemprego temporário. "Trata-se de uma situação excepcional que exige medidas excepcionais por parte da União Européia", afirmou o secretário de Estado, justificando que geralmente é contra a concessão de ajudas estatais "porque distorcem a concorrência".
A comissária da Agricultura européia, Mariann Fischer Boel, vai propor um conjunto de medidas de apoio ao setor avícola para enfrentar a queda do consumo na UE devido à gripe aviária. Entre elas, Bruxelas pode promover a redução da produção. "Sem serem muito específicas nesta fase, estas medidas devem reduzir a produção potencial de forma a evitar que o problema continue aumentando", afirmou a comissária na reunião, cujo principal tema foi a gripe aviária.
Até agora, a doença foi detectada em aves selvagens em 11 Estados-membros da UE — Alemanha, Áustria, França, Itália, Grécia, Eslovênia, Suécia, Dinamarca, Chipre, Hungria e Polônia — e em aves domésticas em uma propriedade francesa.
(Lusa, 20/03/06)
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