Novas usinas a carvão dependem de prazo
2006-03-20
Para que o Estado tenha mais duas usinas térmicas a carvão mineral, será preciso que os
empreendedores acelerem os projetos de forma a dar início à geração em 2009.
Conforme o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o
leilão de energia nova marcado para 12 de junho ainda será dominado por oferta de energia
térmica, enquanto o seguinte, previsto para o segundo semestre do ano, deverá ter mais
oferta de geração hídrica.
Na sexta-feira (17/03), Tolmasquim esteve em Santo Ângelo, onde participou do Fórum
Internacional sobre o Aproveitamento Múltiplo do Rio Uruguai e seus Afluentes.
- Para a energia vendida para 2009, a geração térmica tem um cenário muito favorável. Seria
preciso um esforço para fazer (as térmicas) em três anos. Depois, fica mais difícil
competir com a energia hídrica - advertiu.
Dois grandes projetos em estudo no Estado dependem da venda da energia antecipada nos
leilões para sair do papel - as usinas Seival e CTSul. Juntas, representariam investimentos
ao redor de US$ 1,5 bilhão.
Segundo o presidente da EPE, projetos como o da binacional Garabi, prevista para a
fronteira Brasil-Argentina, dependem de estudos para que venham a ser considerados viáveis.
Diante das recomendações de Tolmasquim sobre a necessidade de reduzir o prazo de implantação
de térmicas a carvão no Estado, o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir
Andres, disse que nesta semana irá convocar os empreendedores para avaliar a possibilidade
de acelerar o cronograma.
(ZH, 19/03/06)