Empresas alemãs defendem energia nuclear
2006-03-20
Os dois maiores grupos de energia da Alemanha defenderam uma prorrogação da vida das centrais atômicas do país, a menos de três semanas da realização de uma cúpula nacional sobre o setor. As centrais nucleares deveriam funcionar enquanto isto "for sensato do ponto de vista técnico e econômico", disse Wulf Bernotat, presidente do maior grupo energético alemão, E.ON, em declarações ao jornal Rheinische Post.
Bernotat sugeriu que o país se oriente pelo exemplo americano ou sueco. "A média é de até 60 anos" de utilização, assinalou. O acordo para o abandono da energia atônica, adotado pelo governo de Gerhard Schroeder fixou um prazo de exploração médio de 32 anos para as centrais nucleares, o que significaria que o fechamento da última instalação ocorreria por volta de 2020.
Já o presidente do maior grupo elétrico alemão, RWE, Harry Roels, disse à
revista Capital que "a Alemanha não tem o direito de excluir uma fonte de
energia, a nuclear, que deve eliminar sua conotação ideológica".
(AFP,20/03/06)