São Borja aguarda recursos para ativar poços
2006-03-20
A escassez de chuvas desde janeiro vem agravando, diariamente, o quadro da estiagem nos municípios da região de São Borja, especialmente nas áreas rurais. A situação é pior, porque riachos, açudes e cacimbas estão secando, enquanto dezenas de poços artesianos perfurados não são colocados em funcionamento, ou então faltam reservatórios ou redes de distribuição de água.
Em São Borja, três poços aguardam recursos estaduais ou federais para ativação e outros quatro já têm implantação posterior programada, conforme o diretor de Agricultura e Pecuária da Secretaria de Desenvolvimento Rural, José Ênio de Jesus. Caminhões-pipa da prefeitura e dos bombeiros fazem abastecimentos emergenciais, mas ele informa que perto da vila de Nhu-Porã há pelo menos 23 famílias desabastecidas.
Em Itacurubi, o prefeito Marco Augusto Cardoso diz que aguarda desde 2005 recursos estaduais e federais para a ativação de dois poços artesianos. O município está em situação de emergência desde o início de fevereiro e a água de poços artesianos que abastece a cidade - serviço munipalizado - está racionada das 22h às 6h. Em Santo Antônio das Missões, têm de entrar em funcionamento seis poços, e o prefeito Ernesto Ivo de Lima, irá a Brasília, na semana que vem, tentar auxílio de emergência. Ele assinou decreto de emergência dia 15, considerando especialmente prejuízos na agropecuária. Iniciativa semelhante deve ser adotada por Garruchos, Bossoroca e São Nicolau, nos próximos dias.
Em Garruchos, segundo a Secretaria da Agricultura, têm de ser instalados cinco poços artesianos e redes de apoio, dependendo de auxílio governamental. Em Unistalda, o secretário de Obra, João Jesus Martins, diz que tem de ser instalado um poço, sendo necessários R$ 35 mil. A prefeitura segue socorrendo as comunidades rurais com um caminhão-pipa. A operação emergencial das prefeituras, com tratores e retroescavadeiras, visam também à recuperação das aguadas, tentando garantir água para o consumo humano e também aos animais.
(CP, 18/03/06)