Polícia Ambiental fecha sete madeireiras na serra catarinense
2006-03-17
Após receber uma série de denúncias anônimas, a Polícia Ambiental realizou ontem uma operação de fiscalização em madeireiras nos municípios de Campo Belo do Sul e Capão Alto, na Serra catarinense. De oito empresas vistoriadas, sete acabaram fechadas por estarem com algum tipo de irregularidade ambiental. Na maioria, foi constatada falta de licença ambiental expedida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma). Todos os proprietários dessas madeireiras foram intimados a regularizar sua situação, sob a pena de não poder continuar trabalhando.
O caso mais grave foi encontrado na madeireira de propriedade de João Valdir Schons, localizada no perímetro urbano de Campo Belo do Sul. Além de já ter sido embargada anteriormente por não possuir licença ambiental, os policiais constataram que não havia um local apropriado para acondicionar os rejeitos (serragem e maravalha) provenientes do beneficiamento da madeira. "Com o vento, a serragem se espalha pelo ar, poluindo as casas vizinhas e até colocando em risco a saúde dos moradores das imediações", comentou o comandante da Polícia Ambiental, tenente Frederick Rambusch.
Todo o maquinário dessa madeireira foi lacrado e não poderá ser utilizado enquanto as irregularidades não forem solucionadas. No pátio da empresa, a Polícia Ambiental encontrou dez metros cúbicos de araucárias e guamirins, madeiras nativas cujo corte e beneficiamento estão proibidos. Por conta dessa madeira, a empresa foi multada em R$ 1 mil. Segundo o tenente Rambusch, todos os procedimentos realizados durante a fiscalização serão, agora, encaminhados para o ministério público, que decidirá quais medidas judiciais serão adotadas.
Devido à grande quantidade de denúncias contra madeireiras que estariam operando clandestinamente, o tenente Rambusch garantiu que novas operações de fiscalização serão realizadas em toda a região de abrangência de seu pelotão de Polícia Ambiental. "Inclusive, existem outras madeireiras nesses dois municípios que serão visitadas nos próximos dias", explica o comandante. Paralelamente, os postos de combustíveis também vão ser vistoriados. "Vamos intensificar as investigações nas madeireiras e revendas de combustíveis".
(A Notícia, 17/03/06)