Convênio busca política florestal para o Rio Grande do Sul
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2006-03-17
Lideranças do setor florestal do Rio Grande do Sul estiveram reunidas ontem, na Expodireto Cotrijal, para discutir a formação de uma base legal para o desenvolvimento da silvicultura no Estado. O tema do encontro foi o zoneamento ambiental, avaliado entre integrantes do Arranjo Produtivo de Base Florestal (APB Florestal), reunião que foi presidida pelo governador Antonio Hohlfeldt.
Na ocasião, foi avaliado o termo de convênio assinado entre a Ageflor e a Fepam, que tem o objetivo de reformatar a política do setor.
A primeira etapa do processo deverá estar concluída em 45 dias e reunirá os dados já levantados pelas diversas entidades do setor. O estudo final será encerrado em um prazo de 120 dias.
Segundo o presidente da Ageflor, Roque Justin, os investimentos altos e importantes do Estado no setor de florestas necessitam de políticas que construam a base legal sobre as atividades de silvicultura no Rio Grande do Sul. "A partir dessa nova visão, é extremamente importante dotar o Estado de um projeto que garanta os investimentos, que são altos".
Segundo o governador Antonio Hohlfeldt, os projetos de investimentos de empresas privadas, nos próximos anos no Estado, somam mais de 3,6 bilhões de dólares em plantio de florestas, produção de celulose e fabricação de diversos tipos de papel e madeira, além de fornecer matéria-prima para indústrias de móveis e exportação.
O diretor de operações da Aracruz Celulose, Walter Lídio Nunes, afirmou que os recentes episódios ocorridos, como a invasão da empresa, impactaram toda a sociedade. "A ação não agrediu só a Aracruz, mas todo um setor produtivo". Para ele é de extrema importância o significado que o RS está dando à sua estratégia de florestamento. "Ter um plano através de um arranjo produtivo é essencial ao florestamento, que combina com outros ramos dos mais variados setores da economia".
Para o presidente da CaixaRS, Dagoberto Lima Godoy, a área de florestas tem na CaixaRS um agente financiador empenhado em seguir rigorosamente as pretensões do governo de destacar o setor como um dos mais importantes para o desenvolvimento do Estado.
(CP, 17/03/06)