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2006-03-17
O engenheiro José Roberto Jardim Pereira, diretor da Elebrás, aguarda para a segunda quinzena de março uma sentença judicial favorável à construção da usina eólica de Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A usina com potência de 70 MW exigirá investimentos de 100 milhões de dólares. “Esperamos iniciar a construção no final de 2006 ou, no máximo, no início de 2007, ainda dentro do prazo -- já prorrogado -- da Eletrobrás”, diz Jardim Pereira, que fundou a Elebrás em 2000, em parceria com a alemã Innovent.

A pendência judicial foi criada em 2004, depois que a Fundação de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) determinou a mudança do local da usina de Cidreira para Tramandaí. Embora pequena, a mudança (por razões ambientais) deu margem a uma queixa levada ao Ministério Público por proprietários imobiliários que se sentiram prejudicados pela decisão. Em consequência, o direito de construir a usina -- oficialmente registrada como Cidreira I pela Agência Nacional e Energia Elétrica (ANEEL) -- é reivindicado também pela ERB, uma das quatro empresas com projetos aprovados no Rio Grande do Sul pela ANEEL (as outras são a Gamesa, a Elebrás e a Elecnor-Ventos do Sul, a única que até agora iniciou a construção de uma usina eólica -- com potência de 150 MW -- em Osório).

A Prefeitura de Tramandaí, que está a ver navios desde o início da briga, torce por uma decisão favorável à liberação do projeto, já que a obra vai gerar um bom acréscimo de impostos sobre serviços durante a construção e um aumento de 500 mil cruzeiros mensais na receita do ICMS após o início da operação no final de 2007. “Daria para pagar umas três a quatro folhas de pagamento da Prefeitura”, calcula Antonio Rodrigues, secretário de obras de Tramandaí. Auto-intitulada Capital das Praias, a cidade vive da especulação imobiliária, da construção civil, do veraneio, da pesca e de um terminal de petróleo da Petrobras.

Confiante na informação oficial de que o Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), da Eletrobrás, ainda dispõe de espaço para mais 344 MW de energia eólica no Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Tramandaí não descarta a hipótese de que outras usinas venham a ser construídas no município, onde o vento trabalha sem folga o ano inteiro. Pelo menos no distrito de Estância Velha, junto à divisa com Osório, estão sendo realizadas medições da velocidade dos ventos.

Não há dúvida de que ali há vento suficiente para montar mais de um projeto de produção de eletricidade, mas a disponibilidade desse insumo básico não é o único fator decisivo na alocação de uma usina. Além da velocidade do vento, pesam na decisão: 1 - a existência de um cliente disposto (no caso, a estatal Eletrobrás) a comprar a energia a ser produzida; 2 - a existência de imóveis bem localizados e livres de ônus; 3 - a possibilidade de se construir um acesso barato ao local de produção; 4 - a possibilidade de se estender uma linha de transmissão econômica até o ponto de entrega da corrente elétrica; 5 - a disponibilidade de recursos financeiros de baixo custo; 6 - a oferta de tecnologia barata e confiável.

A combinação desses fatores faz da energia eólica uma alternativa ainda cara e incipiente no Brasil, explicam técnicos que trabalham na área. A longo prazo, porém, essa é uma das modalidades com maiores chances de superar outras formas mais antigas de produção de eletricidade, como as usinas hidráulicas e as térmicas a carvão mineral ou derivados de petróleo. Apesar de sua natureza aleatória e complementar, a energia dos ventos tem futuro porque é pouco agressiva ao meio ambiente.
Por Geraldo Hasse, de Osório, para O Diário dos Ventos, série exclusiva do Ambiente Já e Jornal Já – www.jornalja.com.br.

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